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Forro do Lauro Sodré desaba e destrói relíquia da adesão do Pará à independência

O Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), já autorizou abertura de processo para obra emergencial de restauro da parte estrutural do teto do Palácio Lauro Sodré, após o desabamento de parte do forro do Salão Histórico, nesta

O Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), já autorizou abertura de processo para obra emergencial de restauro da parte estrutural do teto do Palácio Lauro Sodré, após o desabamento de parte do forro do Salão Histórico, nesta sexta-feira (25). Após o incidente no local, que abriga o Museu do Estado do Pará (MEP), também será iniciado um processo emergencial de revisão do sistema de prevenção e combate a incêndios de todos os prédios históricos sob a responsabilidade da Secult.

O desabamento do forro ocorreu por volta de seis horas da manhã. No início da tarde, o governador Helder Barbalho visitou o MEP e lamentou o episódio. "Já autorizei que a Secult faça imediatamente as intervenções estruturais necessárias para a recomposição, principalmente da parte superior do Museu do Estado. Esse episódio demonstra que, ao longo do tempo, não se fez, de forma preventiva, a manutenção da estrutura, não apenas deste prédio, mas de outras estruturas históricas do Estado. Minha orientação é que, em contato com o Iphan, instituto do governo federal que cuida do patrimônio da União, possamos fazer as intervenções necessárias, para que os espaços públicos que representam a história do nosso Estado possam estar adequados, seja para a preservação da memória e da história dos paraenses, seja para a visitação daqueles que desejam ter maior conhecimento a respeito do Pará", disse o governador.

Desde o início do novo governo, a equipe do Sistema Integrado de Museus (SIM) está levantando a situação dos equipamentos gerenciados pela Secult, detectando problemas de infiltração, goteiras e descolamento de peças e argamassa do forro de alguns espaços. Durante esta semana, Corpo de Bombeiros, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e Diretoria do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (DPHAC) da Secult fizeram vistoria no Museu e detectaram alguns pontos de deterioração, porém não apontaram impedimento de visita às salas históricas.

A secretária de Estado de Cultura Ursula Vidal reafirmou a urgência de ações que garantam a restauração e a preservação dos prédios históricos. “A Secult tem uma responsabilidade grande com prédios históricos que exigem uma manutenção contínua. O que a gente tem percebido é que as manutenções feitas nos últimos dez anos foram paliativas. Então, a estrutura do teto de espaços como Theatro da Paz, Museu do Estado e Museu de Arte Sacra precisa de uma atenção permanente, porque estamos numa área de muita chuva, e é exatamente essa parte estrutural que nos preocupa", pontuou.

Ainda de acordo com a titular da Secult, algumas obras estruturais precisarão de mais tempo, para que não seja comprometida a segurança dos visitantes. "Se precisarmos fechar alguns espaços, é isso que vamos fazer, e o mais rápido possível, na medida em que essas obras se tornarem emergenciais. Tínhamos laudos, mas de 2016, e que não garantem um olhar mais claro sobre o que está acontecendo na parte estrutural. Portanto, agora, será total prioridade dentro da nossa política de preservação do patrimônio histórico e material”, concluiu Úrsula.

Palácio Lauro Sodré - Projetado pelo arquiteto bolonhês Antônio Landi, o Palácio Lauro Sodré começou a ser construído em 1762, para servir de sede e moradia dos governadores e capitães generais do Pará. O Museu do Estado como monumento foi inaugurado pelo então governador Jader Barbalho e fará 25 anos em 31 de março. O espaço abriga a reserva técnica do Sistema Integrado de Museus, o maior acervo artístico do Estado.

A última reforma, no entanto, ocorreu em 2008. Parte do forro do Salão Pompeano desabou em 2012, tendo sido feito apenas um reparo paliativo. Em dezembro de 2016, um laudo emitido pelo Iphan apontou que havia infiltrações em alguns pontos e que o restante do forro do salão estava escorado por peças de madeira, sem a recuperação necessária.

O incidente desta sexta-feira causou a destruição de um mobiliário histórico onde Paes de Carvalho declarou a adesão do Pará à República, em 1889. Por conta do desabamento, ficarão interditados todos os salões nobres do primeiro piso. A exposição “Saramago – Os Pontos e a Vista”, no andar térreo, continuará aberta, sem representar risco aos visitantes.

(Marcia Carvalho/Agência Pará)

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