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Índios venezuelanos vão para a frente da PMB pedir abrigos

Cerca de 30 índios venezuelanos da etnia Warao foram para a frente da sede da Prefeitura Municipal de Belém (PMB), na manhã de ontem (23) pedir melhor tratamento por parte da Fundação Papa João XXIII (Funpapa), responsável pela assistência dos indígenas q

Cerca de 30 índios venezuelanos da etnia Warao foram para a frente da sede da Prefeitura Municipal de Belém (PMB), na manhã de ontem (23) pedir melhor tratamento por parte da Fundação Papa João XXIII (Funpapa), responsável pela assistência dos indígenas que vivem na capital paraense. Eles reclamam da falta de compromisso para a entrega dos abrigos.

Um acordo do governo federal e prefeitura de Belém destinou ao município a quantia de R$ 720 mil, para a abertura de abrigos. Entretanto, os índios alegam que apenas um foi entregue e está sem condições de receber mais pessoas por causa da superlotação. Outra parte dos índios se divide em pensões espalhadas pelo centro da cidade.

“Enquanto os abrigos não são disponibilizados, eles pagam aluguel nos hotéis pelo centro da cidade e a prefeitura dá sempre a mesma desculpa, de que não acharam casa com os dados que precisam. Por conta dessa situação, os indígenas pedem dinheiro para pagar esse aluguel e por isso se vê tantos índios nas ruas”, explica Sofia Paz, integrante do grupo de ajuda Corrente do Bem, que presta assistência médica, jurídica, linguística e alimentícia aos refugiados.

Na única unidade disponibilizada, segundo ela, cabem 55 pessoas, mas atualmente residem 120. “Ontem (anteontem) conversamos com a Funpapa, com o Carlyle (antropólogo da Funpapa, Carlyle Martins), e ele foi bem claro nas duas opções que deu: ou os índios vão para rua, ou vão para o único abrigo, que está superlotado”, revela.

ALUGUÉIS

Dos índios residentes em Belém, vários pagam aluguéis em pequenas pensões, que cobram diárias entre R$ 25 e R$ 30. Muitos deles vão para as ruas pedir dinheiro para custear a morada. Outros vivem em dois abrigos do Governo do Estado, nos bairros do Marco e Cidade Velha, e 120 ocupam o imóvel alugado pela prefeitura de Belém.

Contudo, ainda não se sabe a destinação da verba repassada pelo governo federal. “Foi liberado o valor (R$ 720 mil), mas a prefeitura abriu apenas um abrigo, os demais ficaram só na promessa. Enquanto isso os indígenas não conseguem mais pagar o aluguel do abrigo onde vivem”.

A Coordenadoria de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e Trabalho Escravo (CTETP), vinculada à Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, intermediou o ato dos índios venezuelanos. “Foi um momento em que a Sejudh teve de intervir pela complexidade da situação, em que conseguimos articular junto a Funpapa e aos manifestantes para chegar a um denominador comum”, frisou Renato Menezes, coordenador da CTETP.

RESPOSTA

Em nota, a prefeitura diz que representantes da Funpapa e da Sejudh se reuniram com um grupo de indígenas, na sede da Funpapa. A PMB reforça que a verba repassada pelo governo federal foi para oferecer três abrigos aos venezuelanos, sendo o primeiro já entregue no ano passado e diz que vem trabalhando para encontrar os outros dois espaços. A PMB afirma que são 241 indígenas em Belém, e que vem prestando serviços por meio da assistência, saúde e educação, aos grupos desde setembro de 2017.

Diz que toda semana fornece alimentos tanto para os que estão no abrigo municipal quanto para os grupos que estão em casas no bairro da Campina. Sobre o número de pessoas que hoje vivem na casa da prefeitura, afirma que não há 120 pessoas, e sim 100 de acordo com contagem feita na sexta-feira (18). E diz que a casa possui estrutura para atender a todos que ali estão.

(Diário do Pará)

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