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Usuários reclamam das taxas e do calor no Terminal Rodoviário

O Terminal Rodoviário de Belém é uma das portas de entrada e saída da cidade e costuma movimentar cerca de 2,5 milhões de usuários por ano. Apesar da importância, o local não dispõe da estrutura necessária ao atendimento dos passageiros. Calor, excesso de

O Terminal Rodoviário de Belém é uma das portas de entrada e saída da cidade e costuma movimentar cerca de 2,5 milhões de usuários por ano. Apesar da importância, o local não dispõe da estrutura necessária ao atendimento dos passageiros. Calor, excesso de taxas e falta de comodidade no transporte das bagagens estão entre as principais reclamações dos usuários.

Dispor dos serviços do Terminal é sinônimo de gastar dinheiro. Praticamente em todos eles são cobradas taxas nem sempre acessíveis ao bolso dos passageiros. A administração do terminal cobra pelos menos 7 tipos de taxas fixas para quem precisa usar o banheiro, estacionar com bicicletas ou motocicletas, guardar volumes e até para ajudar alguém a embarcar.

A doméstica Ana Araújo, 43, não acreditou quando a funcionária da área de plataforma de embarque pediu a taxa de R$ 2,15 para que ela pudesse ajudar a sobrinha a levar as sacolas até o ônibus. Com 3 grandes volumes de roupas e lençóis, a passageira, que ia viajar sozinha para Abaetetuba teve que se virar para subir os 25 degraus da escada com peso nos ombros. “Não sabia da taxa e mesmo que soubesse não ia pagar porque achei muito absurdo”, reclamou. A regra é geral, inclusive para idosos.

Carregar bagagens é, inclusive, um dos principais desafios para quem transita pelo local. Quase sempre com um peso razoável, entre bolsas, malas e sacolas, os passageiros disputam os poucos carrinhos de transporte colocados à disposição pela administração.

A costureira Sueli de Almeida, 64, chegou do Rio de Janeiro cheia de sacolas, mas ao desembarcar, percebeu que não tinha como carregar a bagagem. Sem alternativa, ela acabou desembolsando R$ 20 para os carregadores que prestam o serviço no terminal de forma independente. A taxa é de R$ 3 por volume. “Acho que deveria ser obrigação deles fornecer esse serviço pra gente. Aqui se paga tudo, a gente que se vire”.

O pior mesmo é o calor. A administração costuma desligar os ventiladores no período de noite, horário em que o Terminal costuma registrar um grande fluxo de passageiros. A técnica de enfermagem Cida Arraes, 52, diz que se sentiu mal na noite da última segunda-feira quando esperava o horário do embarque para Xinguara.

INSATISFAÇÃO

“Tá muito quente, nem aguentei ficar sentada de tanto calor”, disse Cida. Pra completar ela ainda foi obrigada a pagar uma taxa de cerca de R$ 21 para guardar três volumes enquanto aguardava a hora da viagem. “Além de tudo ser caro, ainda não temos conforto, é complicado”. Em nota a Sinart, que administra o espaço, informa que os ventiladores do

Terminal Rodoviário desligaram após queda de energia, no dia 14 passado e diz que ontem (15), a equipe de manutenção realizou os devidos reparos. Quanto aos guarda volumes, destaca que é um serviço que fica em segurança e responsabilidade da empresa, garantindo tranquilidade para os seus clientes.

A nota também afirma que o Terminal também conta com a Associação de Carregadores. Vale ressaltar que toda e qualquer bagagem conduzida pelos profissionais é por única e exclusivamente autorização do passageiro, que optou pela comodidade que o serviço oferece.

No entanto, diz que o local possui um grande número de carrinhos de bagagens à disposição dos passageiros. A Sinart diz ainda que o controle de acompanhantes realizado pela equipe do Terminal é importante para manter a segurança de todos que acessam as plataformas, evitando a entrada de vândalos.

PREÇOS

Taxas cobradas pela Sinart
Bicicleta - R$ 3,25
Motocicleta - R$ 6,50
Banheiro R$ - 2,30
Banho - R$ 7,40
Guarda volume pequeno R$ 7,10
Guarda volume grande R$ 8,30
Guarda volume simples R$ 0,50

(Leidemar Oliveira/Diário do Pará)

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