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Lixões se acumulam em Belém e empresa alega que não recebeu

O calote dado pela Prefeitura de Belém em uma das empresas que faz a coleta de lixo na cidade provocou uma diminuição dos serviços e vários bairros da capital já sentem o problema: entulhos e resíduos se acumulam pelas ruas, prejudicando moradores e coloc

O calote dado pela Prefeitura de Belém em uma das empresas que faz a coleta de lixo na cidade provocou uma diminuição dos serviços e vários bairros da capital já sentem o problema: entulhos e resíduos se acumulam pelas ruas, prejudicando moradores e colocando a saúde deles em risco.

Na tarde de ontem (26), a equipe do DIÁRIO percorreu alguns trechos e constatou o problema. Os moradores dos bairros do Telégrafo, Marambaia, Barreiro e Sacramenta reclamam que há cerca de uma semana o serviço de coleta parou ou diminuiu de frequência.


(Foto: Fernando Araújo/Diário do Pará)

Na esquina das avenidas Pedro Alvares Cabral e Barão do Triunfo, no bairro da Sacramenta, por exemplo, parte considerável do asfalto foi tomada por sacos de lixo, restos de obra, comida e até móveis. Em volta, pedestres e ciclistas disputam pequenos espaços com urubus. “Há uma semana eles não passam aqui para coletar o lixo e nem o entulho”, disse o mototaxista Junior Marques, de 27 anos, que há três anos trabalha em um ponto localizado bem em frente à sujeira.

Mais adiante, na Rua do Canal São Joaquim, no Barreiro, a imagem é ainda pior. Por praticamente toda extensão do parapeito que separa o asfalto e o canal, centenas de sacos de lixo estão depositados, formando um paredão de sujeira que vai até avenida Júlio César.

Quem vive ali diz que, pior que a sujeira, é o cheiro que invade as casas. “Como o caminhão não entra nas ruas menores, os moradores desses locais despejam todo lixo aqui, deixando um cheiro insuportável. Quando vamos fazer qualquer refeição, é preciso fechar toda a casa. Mesmo assim continua forte”, reclama a aposentada Luzia Leal, 72.


(Foto: Fernando Araújo/Diário do Pará)

MARAMBAIA

Outro bairro prejudicado é a Marambaia. Uma das vias mais movimentadas da região, a Rua da Mata, também padece com a sujeira em excesso. Próximo da feira, que termina na Rua Rodolfo Chermont, a quantidade de lixo disputa com a de animais. É comum ver pessoas atravessarem a rua ao se aproximarem da montanha formada. “Há dois meses o carro do entulho não passa aqui. Eles dobram antes de chegar nesse pedaço. O carro do lixo também não aparece desde a semana passada”, entrega o feirante José Nazareno,

Já na avenida Fluminense, localizada na margem esquerda do Canal Água Cristal, a mesma situação. A vendedora de comida Kelly Cristina afirma que seu estabelecimento comercial vem sendo prejudicado, pois a coleta que deveria ser feita três vezes na semana não acontece desde a última quinta-feira (20). “Eu nem sei se vou abrir. Os clientes vêm comprar e não podem sequer comer aqui, pois o cheiro insuportável espanta todo mundo”, lamenta.


(Foto: Fernando Araújo/Diário do Pará)

Dívida com empresa chega a R$ 15 milhões

O problema é resultado da paralisação que vem ocorrendo progressivamente por uma das empresas contratadas para realizar a coleta, a BA Meio Ambiente, responsável pelo serviço em 33 bairros de Belém, além dos distritos de Icoaraci e Outeiro. A diminuição no serviço estaria ocorrendo devido à falta de repasse de verba da Prefeitura de Belém.

A dívida alcança, segundo a empresa, a quantia de R$ 15 milhões referentes aos meses de outubro, novembro e dezembro de 2017, e novembro e dezembro de 2018. Com isso, 850 trabalhadores deixaram de receber os salários. “A situação está insustentável e podemos parar o trabalho a qualquer momento”, explica o empresário Jean Nunes, um dos proprietários da BA Meio Ambiente.

Sem essa verba, não há como manter o trabalho e o empresário já prevê o pior. “A tendência é que até o final do ano os carros parem completamente. Os trabalhadores estão revoltados. Como trabalhar sem receber? Já entramos em contato com outros terceirizados, mas ninguém aceita por conta da má fama de mau pagadora da Prefeitura”, diz o empresário.

RESPOSTA - Já a Prefeitura Municipal de Belém informa, em nota, que os valores referentes à primeira quinzena do mês de outubro já foram pagos para a empresa e a segunda quinzena será quitada no início de Janeiro. “A PMB esclarece que o contrato firmado com a empresa prevê que o pagamento pode ser feito em até 90 dias, estando, portanto, dentro do prazo determinado”. A prefeitura diz ainda que equipes da Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan) estão atuando para identificar onde ocorreu atraso de coleta para notificar a empresa pela falha na prestação do serviço.

(Luiz Guilherme Ramos/Diário do Pará)

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