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Uma em cada esquina! 603 farmácias foram abertas no Pará este ano

Um simples passeio pelas ruas de Belém é suficiente para encontrar, geralmente em algumas esquinas até quatro farmácias. O crescimento dessas redes representa uma nova tendência de mercado que, segundo entidades ligadas ao segmento, deve aumentar ainda ma

Um simples passeio pelas ruas de Belém é suficiente para encontrar, geralmente em algumas esquinas até quatro farmácias. O crescimento dessas redes representa uma nova tendência de mercado que, segundo entidades ligadas ao segmento, deve aumentar ainda mais com a chegada de grupos de outros estados.

O “boom” das farmácias no Pará veio em contraponto ao fechamento de redes locais. Essa oscilação, no entanto, não impediu que o ramo farmacêutico tivesse aumento de 12% em 2017 em todo o Estado, uma vez que entraram redes de fora.

“Aliado a isso, temos o envelhecimento da população, melhora do poder aquisitivo, as mudanças naturais no mercado e na política”, explica o vice-presidente do Conselho Regional de Farmácia (CRF-PA), Marcelo Brasil.

O reflexo dessa mudança tem sido sentido há pelo menos três anos. Em 2016, por exemplo, abriram 373 farmácias no Pará, sendo 36 em Belém. No ano seguinte, foram 578 no Estado, sendo 89 na capital. Este ano, o salto foi ainda maior. Até o início de dezembro, foram abertas 603 unidades no Pará, sendo 129 delas em Belém. São números que, segundo o CRF, superam a estimativa da Organização Mundial de Saúde (OMS), que recomenda uma farmácia para cada oito mil habitantes.

Esse crescimento vai um pouco além da comercialização de medicamentos. Hoje, as farmácias vendem produtos que vão de cosméticos a conveniência. O resultado disso foi um faturamento, em 2018, de R$ 34,7 bilhões, apenas para as 23 maiores redes do país, responsáveis por 45% de todo o lucro do setor.

PREÇO

“O medicamento tem o preço máximo que pode ser vendido, por ele ser regulado pelo Governo Federal. Já os demais produtos, não. Essas empresas têm uma margem melhor para trabalhar e, por conta disso, as farmácias acrescentaram outros produtos”, destaca Marcelo. O Pará conta com 13 ofertas dos cursos de farmácias, sendo oito deles apenas na capital, onde a possibilidade de emprego é bem maior.

“Nós temos hoje, registrados no conselho, um pouco mais de 4,5 mil farmacêuticos. Centenas deles chegam todos os anos e nós precisamos de oportunidades para eles, por isso entendemos que essas novas redes preencham essa lacuna”, avalia o vice-presidente do CRF-PA.

Para assegurar que as farmácias cumpram essas e outras demandas, é feita fiscalização sobre a atuação delas. “O papel do conselho é fiscalizar o exercício da profissão. Toda farmácia, para funcionar, precisa ter um farmacêutico durante todo o horário de funcionamento. É uma ação frequente para que essas empresas não estejam atuando sem a presença desse profissional”, diz. Na avaliação do conselho, as farmácias da capital raramente apresentam falhas nesse sentido.

Entretanto, ainda existem casos em cidades do interior do Estado. Nessas circunstâncias, é implantado um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), em parceria com o Ministério Público, as farmácias e a Vigilância Sanitária, para que haja um processo de adequação das empresas. “Às vezes o município é carente, está se adaptando à nova realidade, mas acreditamos na melhora”, afirma.

Farmácias de manipulação também têm destaque

Entre as 488 farmácias existentes na capital paraense, há as de manipulação. Existem as farmácias ‘de’ e ‘sem’ manipulação, sendo que a esta última é permitida a comercialização do medicamento pronto ou manipulado. O paciente chega com a receita e ela é preparada pela equipe no próprio local.

Existem algumas diferenças em relação às outras redes porque o medicamento é personalizado, e não feito em série. “Uma criança com dificuldade de deglutir uma capsula, é possível preparar esse medicamento em um xarope, num chocolate, é possível adaptar à necessidade do paciente”, informa Marcelo.

“As farmácias não são apenas um comércio. Elas precisam ser vistas como estabelecimentos de saúde. O farmacêutico é o profissional mais próximo da população no dia a dia. É elo de ligação do médico com o paciente”, destaca.

(Luiz Guilherme Ramos/Diário do Pará)

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