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Miséria atinge mais de 3,6 milhões de paraenses

O Pará tem 46% de sua população hoje abaixo da linha da pobreza. São cerca de 3,6 milhões de paraenses vivendo com uma renda de aproximadamente R$ 406 mensais, segundo definição do Banco Mundial (US$ 5,5 PPC por dia). Em apenas um ano, comparando dados de

O Pará tem 46% de sua população hoje abaixo da linha da pobreza. São cerca de 3,6 milhões de paraenses vivendo com uma renda de aproximadamente R$ 406 mensais, segundo definição do Banco Mundial (US$ 5,5 PPC por dia). Em apenas um ano, comparando dados de 2016 com resultados de 2017, a situação de pobreza cresceu em todo o Estado, que é o quarto mais pobre do Brasil, atrás apenas de Amazonas, Alagoas e Maranhão, o mais pobre de todos, com 54,1% da população no vermelho.

Mais grave ainda foi o avanço de quadros de pobreza extrema, ou seja, de pessoas que sobrevivem com apenas R$ 140 reais por mês. Nessa situação, o aumento em um ano no Pará foi de 12,8%, o que corresponde a cerca de um milhão de pessoas em condições de indigência.

Os dados fazem parte da Síntese de Indicadores Sociais (SIS), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o Instituto, o Brasil passou a ter quase dois milhões de pessoas a mais vivendo em situação de pobreza. O número saltou de 52,8 milhões em 2016 para 54,8 milhões em 2017, um crescimento de quase 4%. Já a pobreza extrema aumentou 13%, passando
a atingir 15,3 milhões.

BELÉM

O IBGE mostra também que a capital paraense é a sexta do país com mais indivíduos em situação de pobreza: 29,8% da população abaixo da linha da pobreza, a quarta maior porcentagem entre as capitais no Norte. A maior foi Macapá, com 41,3%. A diferença entre as capitais do Norte e Nordeste com a menos pobre do país, Florianópolis, é quase abismal: a capital de Santa Catarina tem apenas 5% de população na linha da pobreza, praticamente o mesmo contingente de pessoas extremamente pobres (considerados miseráveis pelo relatório de indicadores sociais) que vivem em Belém.

O Norte foi a segunda região com maior porcentagem dos moradores abaixo da linha de pobreza, com 43,1% da população. O Sul teve a menor (12,8%) e o Nordeste a maior (44,8%). O Nordeste concentrou o maior percentual de indivíduos em situação de pobreza, 44,8%, o equivalente a 25,5 milhões de pessoas. Entre as unidades da federação, a maior proporção de pobres estava no Maranhão, com mais da metade do povo, 54,1%, e em Alagoas, 48,9%.

Já Porto Velho (RO) e Cuiabá (MT) foram as duas únicas capitais onde o contingente de pessoas que ganham menos de R$ 406 por mês superava a dos respectivos estados: em Porto Velho era 27%, contra 26,1% em Rondônia; em Cuiabá, 19,2%, contra 17,1% em Mato Grosso.

A distribuição de renda no Brasil segue desigual. Na média nacional, os 10% mais ricos chegam a receber 17,6 vezes mais que os pobres. Na divisão por capitais, a diferença chega a 34,3 vezes – patamar de Salvador. Em Belém, a diferença salarial chega a 22,7 vezes, considerando a média de rendimento dos mais ricos em R$ 7.799 e a dos mais pobres em R$ 343. A média dos mais ricos do Estado é de R$ 3.681 e a dos mais pobres de R$ 225, o que faz com que a diferença entre o que ganha o mais rico para o que ganha o mais pobre seja de 16,3 vezes.

NÚMEROS

26,9 mi - Era o número de pessoas que em 2017 viviam com menos de ¼ do salário mínimo, ou seja R$ 234,25. Este contingente aumentou em mais de um milhão de pessoas na comparação com o ano anterior. No mesmo período aumentou em 1,5 milhão o número de brasileiros com renda domiciliar per capita inferior a R$ 85 por mês. Em 2016 eram 8,2 milhões de pessoas nesta condição, contingente que saltou para 9,7 milhões em 2017, ou seja 18,3%.

2017 - A desigualdade de renda permanece alta, mas os números do IBGE mostram uma leve redução do abismo entre os rendimentos de brancos e pretos. Por faixa de renda, os pretos ou pardos representavam, ano passado, 75,2% das pessoas com os 10% menores rendimentos, contra 75,4% em 2016. Na classe dos 10% com os maiores rendimentos a participação de pretos ou pardos, por sua vez, aumentou: de 24,7% em 2016, para 26,3% em 2017.

Quase 90% da população não tem acesso ao saneamento básico ideal

Ainda segundo o IBGE, 12,2 milhões viviam em residências com adensamento excessivo (mais de três moradores por dormitório), e 10,1 milhões de pessoas (4,9%) moravam em residências sem banheiro de uso exclusivo. “Ainda entre as pessoas abaixo dessa linha de pobreza, 57,6% tinham restrição a pelo menos um serviço de saneamento (contra 37,6% da população em geral).”

No total, mais de ⅓ da população (35,9%) tinha restrição de acesso ao serviço de esgotamento sanitário por rede coletora ou pluvial.

O Pará ficou entre os quatro piores estados nesse quesito, com 88,3% da população com ausência de esgotamento sanitário por rede coletora ou pluvial. Bem acima da média nacional, de 35,9%. Belém também ficou com indicadores acima da média.

Na capital, 60,1% dos lares não possuem o saneamento básico. Com relação ao abastecimento de água por rede geral, o Estado tem 51,2% nestas condições.

(Luiza Mello De Brasília e com informações da Folhapress)

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