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Piometra: conheça a doença que pode colocar seu pet em risco

Quem tem cadela ou gata como bichinho de estimação deve ficar atento a uma doença que é preocupante e comum nelas: a piometra, um problema tão grave que, se não tratado, pode até levar à morte da pet.A patologia é causada por bactéria, com a contaminação

Quem tem cadela ou gata como bichinho de estimação deve ficar atento a uma doença que é preocupante e comum nelas: a piometra, um problema tão grave que, se não tratado, pode até levar à morte da pet.

A patologia é causada por bactéria, com a contaminação mais comum durante o período do cio. E para explicar sobre a doença, como os sintomas e tratamento, o “Papo de Pet” conversou com a médica veterinária Michelly Vasconcelos.

O QUE É A PIOMETRA?

Apesar de pouco conhecida, a piometra é uma patologia grave nas fêmeas, sendo mais comum em cadelas do que em gatas, causada pela bactéria Escherichia coli, que se aproveita da abertura do útero do animal durante o período de cio para contaminá-lo. A bactéria então se aloja no endométrio (tecido que reveste as paredes internas do útero) causando uma infecção.

A chance de contágio aumenta caso a fêmea passe por diversos períodos de cio seguidos em que ela não engravida. Por conta disso, o excesso do hormônio progesterona acaba aumentando a espessura do revestimento do útero do pet, criando um ambiente ideal para que as bactérias se proliferem.

A médica veterinária Michelly Vasconcelos explicou a causa e sintomas da doença. (Foto: arquivo pessoal)

“Durante o cio das cadelas ou gatas, os glóbulos brancos do sangue são inibidos de entrarem no útero. Isso permite que o esperma entre no aparelho reprodutor da fêmea sem ser danificado ou destruído por essas células de defesa. Após o cio, o hormônio progesterona permanece com níveis elevados, por até 2 meses, e causa o espessamento da parede uterina, preparando o útero para uma gravidez e desenvolvimento dos fetos. Caso a fêmea não fique prenha, por vários cios seguidos, o revestimento do útero continua a aumentar em espessura, podendo causar Hiperplasia Endometrial Cística, também conhecida como Piometra”, explica a médica veterinária.

Alguns tutores de fêmeas optam por dar injeções anticoncepcionais para evitar gravidez, porém, como são injeções de hormônio, esse método facilita ainda mais o aparecimento da doença. Vale lembrar que a doença é mais comum em cadelas do que em gatas.

SINTOMAS

Logo, ao perceber qualquer sintoma, o animal deve ser levado imediatamente ao médico veterinário. Ao chegar à consulta, o tutor deve relatar ao veterinário os sintomas apresentados pelo animal. Após a consulta, o profissional poderá solicitar exames de imagem (ultrassonografia), hemograma completo e exames bioquímicos para confirmar o diagnóstico.

Se comprovada a patologia, o tratamento é iniciado com o uso de antibióticos e anti-inflamatórios para controlar a infecção. Após a estabilização do paciente, o procedimento mais indicado é a ovário-histerectomia, também conhecida como castração. O procedimento também pode ser realizado previamente, evitando que o pet tenha a doença.

“Caso o tutor não tenha interesse que seu animal acasale e tenha filhotes, o mais indicado é castrar. Pois, além de prevenir doenças como piometra, câncer de mama, mamite e gravidez psicológica, uma cirurgia planejada tem menos riscos e, normalmente, é mais barata”, explica Michelly.

VALORES DOS EXAMES E CIRURGIAS

Os valores dos exames e cirurgias variam entre cada hospital veterinário, além da idade, peso e nível da infecção do animal.

FIQUE ATENTO

A funcionária pública Fátima Costa conta que estranhou o fato de sua cadela Nala, de 5 anos, estar consumindo muita água e ficar bastante tempo deitada. “No primeiro dia, percebi que ela estava no cantinho deitada, não queria comer direito, mas o que mais chamou a atenção foi o consumo de água. Normalmente enchemos a vasilha de água a cada três horas e, nessa vez, quando acabávamos de encher ela bebia toda a água. Colocávamos novamente e ela imediatamente tomava. Então procurei o médico veterinário e relatei os sintomas. Ele apalpou a barriga dela e percebeu que estava inchado”, conta.

A tutora Fátima Costa com a Nala no hospital onde a cadela ficou internada. (Foto: arquivo pessoal)

Ela diz ainda que o diagnóstico da Morena foi o mais grave. “Ela teve piometra fechada, então não tinha secreção vaginal. Levei ela para o Hospital de manhã e logo no outro dia ela fez a cirurgia. Os leucócitos normais variam entre 6 mil e 17 mil e os dela passavam de 61 mil. Fiquei desesperada porque o veterinário me alertou que a infecção estava muito grande e o útero podia estourar a qualquer momento e causar uma infecção generalizada e ela morreria. Mas graças a Deus deu tudo certo na cirurgia. Depois de 10 dias internada, ela voltou para casa e está super bem e ativa”, lembra.

A Amora, de 5 anos, cadela da auxiliar administrativa Marceli Cavalcante, também teve Piometra este ano e precisou passar por uma cirurgia. Ela afirma que é sempre muito importante ficar atenta aos sinais que os animais dão quando não estão bem de saúde. “Peguei ela da rua e tenho um amor tão grande por essa cadela, que me doeu ver que ela não estava bem. Ela começou não querer comer na vasilha e eu tive que dar na mão. Então fui trabalhar e, quando voltei, ela estava deitadinha, super mole. Quando ela foi andar, vi uma gosma com sangue e imediatamente liguei para a veterinária, que pediu que levasse ela para uma consulta. Após os exames, foi constatado que ela estava com uma infecção muito grande e com Piometra. Então ela passou pela cirurgia”, lembra. Ela completa dizendo que se não tivesse ficado atenta e procurado atendimento imediato para Amora, ela poderia ter morrido. No caso da Amora foi uma Piometra aberta.

A cadela Amora com a tutora Marceli Cavalcante aguardando a cirurgia e em casa após a recuperação, respectivamente. (Foto: arquivo pessoal)

A tutora conta que a cadela ficou “chateada” com ela após retornar para casa. “É engraçado, porque quando ela voltou pra casa não queria papo comigo. Acho que ela ficava lembrando que eu tinha levado ela para a cirurgia e não entende que eu estava fazendo isso para o bem dela. Quando eu voltava para casa ela nem ‘abanava’ o rabinho pra mim. Mas depois de uns dias tudo voltou ao normal e hoje está bem e saudável”, finaliza.

Texto: Ana Paula Azevedo
Coordenação: Gustavo Dutra
Arte: Emerson Coe

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