plus

Edição do dia

Leia a edição completa grátis
Previsão do Tempo 27°
cotação atual R$


home
NOTÍCIAS PARÁ

Paradas de ônibus em Belém não protegem ninguém

Deteriorados, os abrigos de paradas de ônibus em vários pontos de Belém acabam por não cumprir o seu principal papel: proteger os passageiros contra a chuva e o sol. Quando existentes, as estruturas são tomadas por buracos em seus tetos ou mesmo não dispõ

Deteriorados, os abrigos de paradas de ônibus em vários pontos de Belém acabam por não cumprir o seu principal papel: proteger os passageiros contra a chuva e o sol. Quando existentes, as estruturas são tomadas por buracos em seus tetos ou mesmo não dispõem de assentos adequados para o descanso de quem aguarda pelo coletivo.

Abastecida por uma grande quantidade de linhas que transitam pela Grande Belém, a avenida Almirante Barroso coleciona exemplos de abrigos danificados. Na altura do bairro de São Brás, um ponto em frente à Escola Municipal Benvinda de Franca Messias já não possui mais cobertura. O que se vê é apenas a estrutura de ferro que deveria apoiar o telhado. Diante do forte calor que fazia na manhã de ontem, a cobertura fazia ainda mais falta para os usuários. “Aqui faz muito sol e também chove muito. Tinham que ajeitar essas paradas para a gente ter abrigo”, reclamou a doméstica Rosane dos Santos, 30.


Já uma parada na Estrada dad Ceasa é sustentada por um pedaço de pau há oito meses (Foto: Irene Almeida/Diário do Pará)

Indignada com a situação da parada da Almirante Barroso, ela lembra que o problema não é restrito e pode ser observado em vários outros abrigos espalhados pela cidade. Rosane, inclusive, já passou por situações difíceis com o pai, de 78 anos. “A gente ficou numa parada que estava sem telhado e caiu aquela chuva. Eu e meu pai nos molhamos todos porque não tinha para onde ir”, contou. “Os ônibus já não têm condições e a gente ainda tem de esperar eles debaixo de sol e chuva...”.

A espera pelo coletivo também fica mais complicada em outra parada instalada na Almirante Barroso, dessa vez na esquina com a travessa Barão do Triunfo. O abrigo localizado em frente a um órgão público que gera um fluxo grande de pessoas, o Centro de Especialidades Médicas e Odontológicas (Cemo), segue também com o telhado danificado. Além disso, a parada foi instalada de tal forma que o banco fica quase na altura do chão. “Aqui o banco é quase no chão e, se chover, a gente se molha todo”, disse o motorista Fernando Gomes, 47. “A gente vê que esse não é um problema isolado, mas da cidade toda”, completou.

PRECARIEDADE

Já no bairro do Curió-Utinga, na Estrada da Ceasa, o problema das péssimas condições dos abrigos de paradas de ônibus se repete. No final da linha Pedreira/Nazaré, o telhado do ponto é apoiado por um pedaço de pau. Além desse improviso, é possível ver que a base da estrutura de ferro encontra-se enferrujada. “Já pensou se uma coisa dessa cai em cima da gente? Isso é muito pesado”, alertou o embalador Marcos Ramos, 40. “A gente fica com receio porque se dá uma chuva forte com vento a situação complica”.

Habituada a esperar pelo coletivo na mesma parada, a manicure Faustina Santana, 47, conta que, por vezes, precisa esperar até 40 minutos pelo ônibus. “Deveríamos ter, no mínimo, um abrigo decente”, observou.


A doméstica Rosane dos Santos sofre com o forte calor em uma parada sem cobertura, no bairro São Brás (Foto: Irene Almeida/Diário do Pará)

No caso da parada da Estrada da Ceasa, o problema é agravado pelo tempo em que o abrigo já se encontra em tais condições. Ainda em março deste ano, o DIÁRIO denunciou que o abrigo era apoiado por um pedaço de madeira.

Na época, a Secretaria Municipal de Urbanismo (Seurb) informou, em nota, que estaria trabalhando “na realização de licitação para instalar novos abrigos de ônibus na cidade”, sendo que o projeto seria de responsabilidade da Superintendência de Mobilidade Urbana de Belém (Semob). A nota dizia, ainda, que a Semob enviaria “uma equipe técnica ao local indicado na reportagem para avaliar as condições do abrigo de ônibus”. Oito meses depois, porém, a situação continua a mesma no local.

O QUE DIZ A PREFEITURA?

A Prefeitura de Belém informa que já realizou um mapeamento prévio dos pontos de ônibus que necessitam de implantação ou manutenção de abrigos no município e que no mês de setembro lançou uma concorrência pública para seleção de empresa especializada no serviço, que previa a instalação de até 500 abrigos.

Porém, na abertura do processo licitatório, nenhuma empresa apresentou interesse. A Prefeitura informa que um novo projeto foi enviado à Secretaria Municipal de Coordenação Geral de Planejamento e Gestão (Segep) para avaliação e posterior aplicação do certame e recebimentos de propostas.

(Cintia Magno/Diário do Pará)

VEM SEGUIR OS CANAIS DO DOL!

Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.

Quer receber mais notícias como essa?

Cadastre seu email e comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Conteúdo Relacionado

0 Comentário(s)

plus

Mais em Notícias Pará

Leia mais notícias de Notícias Pará. Clique aqui!

Últimas Notícias