Cartas da campanha Papai Noel dos Correios já podem ser adotadas

Na manhã de ontem (7) foi lançada, em Belém, a campanha Papai Noel dos Correios. A coordenação estadual da entidade espera receber este ano mais de 10 mil cartas, que podem ser adotadas pelos padrinhos dispostos a tornar as festas de fim de ano mais alegres para milhares de crianças. A iniciativa começou há 29 anos, a partir da necessidade de funcionários em atender aos pedidos de crianças, que enviavam cartas destinadas ao Papai Noel, pedindo presentes. Aos poucos a campanha foi crescendo e hoje já faz parte do calendário natalino dos Correios.

"Só no Pará nós recebemos uma média de 10 mil cartas todos os anos. Esse número vem aumentando. São muitas instituições que ajudam e que participam. As cartinhas são feitas por alunos de escolas públicas bem carentes", explica a coordenadora da campanha, Ana Leite.

Desde a edição passada, os padrinhos também contam com a internet para fazer doações, em Belém e mais seis capitais. Os interessados podem visitar o blog da campanha e escolher uma carta. O presente deverá ser entregue em um dos locais disponibilizados e não há contato entre o padrinho e a criança.

Anualmente o projeto começa a ser formatado a partir de agosto, quando representantes dos Correios se reúnem com as secretarias de educação, para definir quais escolas devem participar da campanha, através de critérios que levam em consideração, sobretudo as condições financeiras das famílias.

Somente no estado do Pará são recebidas, em média, 10 mil cartas todos os anos (Foto: Ney Marcondes/Diário do Pará)

"Temos uma média de 40 a 50 escolas por ano. As crianças devem ter até 10 anos ou cursar até a quinta série". Para alunos com deficiência não há limite de idade. Depois desta primeira etapa, entram em cena os padrinhos, responsáveis por realizar sonhos que podem ser desde uma simples boneca até um pedido de emprego para os pais. "Quem quiser ajudar é só vir aqui de segunda a sexta, de 9 às 17h, fazer um cadastro simples e rápido. Depois disso é só escolher a cartinha e mudar o Natal de uma criança".

PADRINHO

Ramon Lopes, gerente de atendimento dos Correios, faz questão de adotar cartas. "Isso me traz uma felicidade indescritível. Eu participo há cinco anos da campanha e geralmente quando leio, é comum encontrar pedido de brinquedo, mas há também aqueles que pedem um emprego para o pai, um brinquedo para o irmão mais novo", diz.

Na ocasião do lançamento estadual da campanha, a Banda de Alunos Especiais de Marituba faz uma apresentação. "Eu fico maravilhada em ver a minha filha participando da campanha. Ela gosta de cantar, de dançar, se empolga com os presentes. Esse ano ela pediu uma mochila e já está ansiosa para receber o presente", diz a dona Maria das Graças, mãe de uma aluna participante do grupo.

(Luiz Guilherme Ramos/Diário do Pará)