plus

Edição do dia

Leia a edição completa grátis
Previsão do Tempo 30°
cotação atual R$


home
NOTÍCIAS PARÁ

Pará tem menos de um leito de UTI para cada 10 mil pessoas

Existem hoje, em toda a rede privada no Estado, 984 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), o que equivale a apenas 1,18 leitos para cada 10 mil pessoas. No que se refere aos leitos públicos a situação é ainda pior: as unidades de UTI do Sistema Úni

Existem hoje, em toda a rede privada no Estado, 984 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), o que equivale a apenas 1,18 leitos para cada 10 mil pessoas. No que se refere aos leitos públicos a situação é ainda pior: as unidades de UTI do Sistema Único de Saúde (SUS) somam apenas 474, o que equivale a menos de um leito (0,57) para cada 10 mil paraenses.

A Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) aponta como proporção ideal o índice de 1 a 3 leitos de UTI para cada 10 mil habitantes, o que coloca o Pará abaixo da média.

Segundo o levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM), o país conta atualmente com 2,13 leitos para cada grupo de 10 mil habitantes. No SUS, no entanto, essa razão é de apenas 1,04, enquanto a rede “não SUS” tem 4,84 leitos para beneficiários de planos de saúde – quase cinco vezes a oferta da rede pública.

Os números constam de um levantamento feito pelo conselho, que mapeou a distribuição dos leitos de UTI nos estados e nas capitais. Os números revelam um cenário que torturam milhares de médicos pelo país cotidianamente: hospitais com alas vermelhas superlotadas de pacientes à espera de infraestrutura apropriada.

REGIÕES

O estudo do conselho mostra ainda a distribuição geográfica desigual dos leitos: o Sudeste concentra 23.636 (53,4%) das unidades de terapia intensiva de todo o País. Já o Norte tem a menor proporção: apenas 2.206 (5%). Apesar da situação crítica, o Pará ainda é o Estado do Norte que possui mais vagas privadas, com 984 unidades, e do SUS, com 474 unidades.

Wilson Machado, Diretor do Sindicato dos Médicos do Estado do Pará (Sindmepa) diz que a tendência nos últimos anos no serviço público é de redução de leitos, indo no sentido inverso do que seria o correto, já que a população só faz crescer.

“Essa queda de leitos até seria compreensível se houvesse um investimento do governo na atenção básica que pudesse justificar um melhor controle das doenças de média e alta complexidade”, analisa.

“Isso reduziria a pressão por necessidade de leitos, mas não é isso que ocorre. A população só cresce, os leitos diminuem e o governo não investe na atenção básica”.

Maior parte das vagas está distribuída nas capitais

O levantamento mostra que os leitos de UTI em estabelecimentos públicos, conveniados ao SUS ou particulares estão disponíveis em somente 532 dos 5.570 municípios brasileiros. Se considerados apenas os leitos de medicina intensiva da rede pública, apenas 466 destes municípios oferecem tratamento em Medicina Intensiva no País.

Ao todo, o Brasil possui quase 45 mil leitos de UTI, segundo informações do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde. Pouco menos da metade (49%) está disponível para o SUS e a outra parte é reservada exclusivamente à saúde privada ou suplementar (planos de saúde), que hoje atende a 23% da população.

Outro alerta do CFM é de que 44% dos leitos SUS e 56% dos leitos privados do Brasil se encontram apenas nas capitais. Se observada a repartição entre as regiões metropolitanas, constata-se que 68% dos leitos de UTI do SUS e 80% dos leitos da rede privada e suplementar estão concentrados nestas áreas.

Estudos estimam que 60% dos leitos de UTI são ocupados por pacientes acima de 65 anos de idade e que o tempo médio de permanência desse grupo é sete vezes maior que o da população mais jovem.

O 1º secretário e coordenador da Câmara Técnica de Medicina Intensiva do CFM, Hermann von Tiesenhausen, lembra que as mudanças epidemiológicas dos últimos anos demandam o empenho dos gestores púbicos.

“A infraestrutura de saúde do País precisa acompanhar as necessidades da população. Só as internações causadas por acidentes e violências aumentaram 25% nos últimos oito anos e os acidentes de trânsito aumentaram 30% neste mesmo período”, destacou.

(Luiz Flávio/Diário do Pará)

VEM SEGUIR OS CANAIS DO DOL!

Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.

Quer receber mais notícias como essa?

Cadastre seu email e comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Conteúdo Relacionado

0 Comentário(s)

plus

Mais em Notícias Pará

Leia mais notícias de Notícias Pará. Clique aqui!

Últimas Notícias