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PM confunde guarda-chuva com fuzil e mata garçom

Um homem foi assassinado após policiais confundirem o guarda-chuva que ele levava nas mãos com um fuzil. O crime aconteceu na noite da última segunda-feira (17). A vítima, Rodrigo Alexandre da Silva Serrano, tinha 26 anos e descia a ladeira da comunidade

Um homem foi assassinado após policiais confundirem o guarda-chuva que ele levava nas mãos com um fuzil. O crime aconteceu na noite da última segunda-feira (17). A vítima, Rodrigo Alexandre da Silva Serrano, tinha 26 anos e descia a ladeira da comunidade da Mangueira para esperar a mulher e os filhos.

Os moradores contaram que os policiais atiraram três vezes. Na sequência, Rodrigo percebeu que foi baleado. Segundo moradores, policiais da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) da comunidade teriam atirado no homem por ter confundido seu guarda-chuva com um fuzil.

Rodrigo Alexandre era casado há sete anos, tinha dois filhos, um de quatro anos e outro de 10 meses, e trabalhava como vigia em um bar em Ipanema, também zona sul do Rio.

“Estava chovendo e a esposa e seus dois filhos não estavam em casa, então ele desceu a ladeira do morro para aguardá-los”, disse um morador que não quis se identificar por medo de represália. “A polícia desceu correndo, achou que ele estava com colete e com fuzil, e atirou. A PM não só atirou, como matou o homem”, acrescentou. “Não estava tendo operação naquela hora. Não teve troca de tiro”, ressaltou.

A PMERJ (Polícia Militar do Rio de Janeiro) dá outra versão. Procurada, a corporação informou que “os agentes foram alertados por populares que havia criminosos na localidade do bar do David. Chegando ao local, houve troca de tiros e um breve confronto”.

“Eu pedi uma explicação para a polícia e eles me trataram super mal. Vieram falar que quem baleou meu marido foi bandido, mas não foi não. Quem atirou foi a polícia”, disse Thayssa de Freitas, esposa de Alexandre. “Como que acontece isso? Agora quero uma explicação, porque a razão está sempre do lado da polícia. Quero justiça”, afirmou. “Meu filho de quatro anos já sabe o que é tiroteio. Que realidade é essa? A creche dele já foi alvejada várias vezes. Ele sabe o que é agachar, ficar escondido. Um menino de quatro anos já tem essa noção do que acontece dentro da comunidade”, completou Thayssa, nascida e criada na favela Chapéu Mangueira.

Moradores indignados com o ocorrido se mobilizaram e protestaram empunhando guarda-chuvas do mesmo modelo que Rodrigo segurava quando foi morto. Nas redes sociais, compartilharam as imagens com a legenda: “É só na favela que guarda-chuva é confundido com fuzil” e “Toda favela é um campo de extermínio do povo preto.”

(Com informações do El País)

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