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Estudante precisa de ajuda para apresentar pesquisa nos EUA

Produzir ciência dentro das Universidades têm seus desafios, mas nas escolas, esse desafio parece ainda maior. No Pará, uma estudante do 2º ano do Ensino Médio da Escola Estadual Profa. Ernestina Pereira Maia, no município de Moju, pede ajuda para levar a

Produzir ciência dentro das Universidades têm seus desafios, mas nas escolas, esse desafio parece ainda maior. No Pará, uma estudante do 2º ano do Ensino Médio da Escola Estadual Profa. Ernestina Pereira Maia, no município de Moju, pede ajuda para levar adiante uma pesquisa científica que rendeu a ela 9 prêmios durante a Feira de Ciências e Tecnologia (Febrace) deste ano, realizada em São Paulo.

Com o trabalho intitulado “Utilização de lixo na fundação de casas na Amazônia: Problema ou Solução”, Francielly Barbosa, 16 anos, também conquistou uma credencial para International Science and Engineering Fair (Intel ISEF), que este ano será na cidade de Los Angeles, nos Estados Unidos. Mais difícil que a pesquisa científica é o desafio de arrecadar aproximadamente R$ 10 mil por meio de uma vaquinha na internet até o início de outubro, vésperas da viagem.

“Esse valor me ajudaria não só a ir para Los Angeles, mas também a ajudar a pagar o restos as despesas da viagem que fiz a São Paulo para participar da Feira de Ciências e Tecnologia”, explica a jovemcientista.

Para ir à São Paulo, Francielly, a professora que orientou o projeto, Daniele Siqueira, e a comunidade da Escola, fizeram ações de mobilizações, rifas e vendas de lanche na cidade, mas que não foram suficientes. A professora teve que custear do próprio bolso R$2 mil só de passagens. “Nunca tínhamos ido a São Paulo, não tínhamos ideia da logística e da distância até o aeroporto, então perdemos o voo, e com isso dobramos as dívidas”, explica a professora.

LIXO

O projeto de pesquisa de Francielly surgiu ainda nos seus primeiros dias de ensino médio, em 2017. Ela ficou intrigada com a reclamação de alguns moradores da cidade do Moju que sentiam um forte cheiro de gás nas residências. As casas também apresentavam rachaduras no chão e parede.

Sem nenhum recurso, mas com apoio da professora Daniele, ela descobriu que 75% das casas na cidade tinham sua fundação feita com lixo, por não terem condições de acesso a materiais da construção civil.

“A maioria das casas que participaram da mostra da pesquisa ficavam em terrenos de invasão, geralmente alagadiços, então para construir suas casas as pessoas aterravam com lixo, pensando deixar mais firme o solo”, explica. “O problema é que quando esse lixo, geralmente orgânico, como caroços de açaí, se decompõem, eles exalam o cheiro ruim e também podem fazer a estrutura ceder, por isso algumas casas rachavam”, conclui.

A jovem também buscou e descobriu uma possível solução com materiais recicláveis: a utilização de caroços de açaí carbonizados misturados com argila poderia funcionar como uma solução resistente para as fundações.

“Esta, além de ser uma solução acessível, poderia gerar renda para comunidades carentes se fosse feita uma cooperativa, por exemplo”, explica a jovem cientista. Daniele espera que a campanha de arrecadação via internet sensibilize as pessoas a colaborarem com a pesquisa e diz que, apesar de todas as dificuldades, é gratificante apoiar a jovem neste processo.

“Ver uma aluna dedicada, que desde criança sempre se destacou nas Feiras de Ciências, ser premiada e sair de uma cidade pequena para o mundo será uma satisfação muito grande”, considera. “E ainda de uma escola pública. Isso faz todo esforço valer a pena”, completa. Até o fechamento desta edição, a estudante só havia arrecadado R$2 mil, mas a campanha continua.

COMO COLABORAR?

As doações para Francielly Barbosa podem ser feitas pelo site: www.vakinha.com.br/vaquinha/fran-em-mit

Mais informações ou outros tipos de doação: (91) 99201-7215 / (91) 98266-4311

(Josiele Soeiro/Diário do Pará)

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