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Pesquisadores em Belém criam concreto permeável com caroço de açaí

Além de fundamental importância para a alimentação do paraense, o açaí vem ganhando destaque no Estado na área de engenharia. Pesquisadores de uma universidade particular de Belém criaram o “concreto permeável”, feito com o caroço in natura.  O engenheir

Além de fundamental importância para a alimentação do paraense, o açaí vem ganhando destaque no Estado na área de engenharia. Pesquisadores de uma universidade particular de Belém criaram o “concreto permeável”, feito com o caroço in natura.

O engenheiro civil Mike da Silva Pereira lembra que o concreto permeável já existe no mercado. Porém, o projeto em andamento substitui o seixo pelo caroço de açaí. “O trabalho propõe a utilização do material in natura, sem custo de beneficiamento. Evitamos que o caroço de açaí seja depositado como lixo urbano”.

Essa diminuição ajudaria no desenvolvimento sustentável da cidade, já que são descartados diariamente na Região Metropolitana de Belém cerca de 16 mil toneladas de resíduo do fruto processado do açaí. Apenas na grande Belém, são comercializadas mensalmente cerca de 30 toneladas de açaí de acordo com o Dieese/PA, tornando o fruto um dos mais consumidos no Estado. A coleta do caroço de açaí ocorre nas feiras livres de Belém, mais especificamente em pontos de batida de açaí.

Segundo o pesquisador, o projeto é uma tentativa sustentável de empregar um elemento tão comum na nossa culinária no ramo da engenharia. “O caroço de açaí adicionado ao concreto torna a permeabilidade muito maior”, explica o professor, informando que esse tipo de concreto é utilizado para pavimentação de calçamentos pisos de estacionamento.

FABRICAÇÃO

O processo de fabricação do concreto permeável é bem simples, sendo o mesmo utilizado para a fabricação do concreto permeável tradicional, feito apenas com seixo. Durante o processamento parte do seixo da massa é retirado e colocado o caroço da fruta. “Ainda não temos como levantar os custos reais. Contudo, certamente será mais barato porque substitui parte do seixo por material gratuito e que encontramos facilmente em toda a cidade”, coloca.

Os primeiros resultados do projeto já foram apresentados no 3º Congresso Luso-Brasileiro de Materiais de Construção Sustentáveis (CLBMCS 2018), realizado em fevereiro deste ano em Coimbra (Portugal). “Foi uma experiência engrandecedora para a nossa futura profissão, pois apresentamos estes trabalhos para mestres e doutores da engenharia. A ideia foi bem aceita, elogiada e recebemos algumas críticas construtivas para a melhoria da nossa pesquisa”, avalia o futuro engenheiro Rodrigo Ferreira. A pesquisa gerou até o momento 3 artigos científicos.

"O caroço de açaí adicionado ao concreto torna a permeabilidade muito maior" - Mike da Silva (Engenheiro Civil)

TRABALHO

O projeto foi idealizado por Mike Silva em 2016 após um trabalho acadêmico na disciplina de materiais de construção. A pesquisa começou no início do ano passado junto como também professor Emerson Rodrigues. Os dois se juntaram aos estudantes Fernanda Viana, Izabelle da Silva, Roberto da Silva e Rodrigo Ferreira.

Como a técnica é inovadora e ainda está em fase bem inicial, ainda não foi patenteada. Também deve demorar um tempo para encontrarmos o concreto permeável nas lojas de construção do Estado. “A tecnologia é nova e ainda existe a necessidade de avaliar a durabilidade do concreto”, diz Mike.

(Luiz Flávio/Diário do Pará)

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