Juvenil Martins Rodrigues, de 59 anos, foi morto no dia 1º de agosto deste ano por dois homens em uma motocicleta na vila Espírito Santo, localizada às margens da PA-287 no município de Redenção, sudeste paraense. Ele, assim como outras 70 famílias de trabalhadores rurais, ocupava uma área de terra pública desde o ano de 2014.
Segundo a Comissão Pastoral da Terra, em nota pública emitida ontem (16), a morte de Juvenil é reflexo da onda de violência e ameaças na região sofridas por outros trabalhadores rurais.
A Comissão afirma que, em 2016, duas pessoas identificadas como “Cidim” e “José Carlos” se apresentaram como donos de parte das terras ocupadas pelos trabalhadores e que, desde então, deram início a algumas práticas para se apropriarem do espaço.
É dito também que ‘José Carlos’ contratou, em 2017, seis pistoleiros - entre eles três indivíduos identificados como “Sargento Freitas, Bigode e Gaúcho” - no valor de R$ 30 mil para as execuções.
“A disputa por essa área rural revela nuances recorrentes nos conflitos fundiários do sul paraense, onde a grilagem e a violência são práticas contumazes dos latifundiários, utilizadas com objetivo de apropriarem-se de terras públicas e desmobilizar legítima reivindicação pelo direito à terra de dezenas de famílias de trabalhadores rurais”, diz a CPT Nacional em nota.
Ela finaliza que o conflito se arrasta há quatro anos e exige respostas efetivas das autoridades públicas, capazes de “propiciar a mediação entre as partes e o encerramento da violência naquela localidade e proteger a vida dos demais trabalhadores rurais ameaçadaos”.
O DOL procurou a Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Pará (Segup) para comentar o caso e saber quais medidas são ou serão tomadas a respeito desses conflitos, e até o momento aguarda uma resposta.
(DOL)
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