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'Ser Policial Militar é ser alvo', desabafa presidente da ASSPM

Não há dúvidas de que ser policial militar no Pará é carregar consigo o risco de ser assassinado a qualquer momento, mesmo fora do serviço. Esse ano, já foram mortos 35 militares e vários outros foram baleados, mas sobreviveram. No domingo (12), o sargent

Não há dúvidas de que ser policial militar no Pará é carregar consigo o risco de ser assassinado a qualquer momento, mesmo fora do serviço. Esse ano, já foram mortos 35 militares e vários outros foram baleados, mas sobreviveram. No domingo (12), o sargento reformado Manoel Pantoja foi morto no depósito da família. Horas depois, o soldado Allan Jones também foi baleado, próximo da casa da sogra.

PREOCUPAÇÃO

A frequência dos crimes contra a categoria preocupa o presidente da Associação de Subtenentes e Sargentos da Polícia Militar, Sérgio Humberto, que acredita que o Governo do Pará tem grande responsabilidade para que o estado tenha chegado a essa situação.

“Nos governos passados, não acontecia isso. É falta de interesse do Governo, que não dá apoio à categoria. A maioria dos policiais que são assassinados estão a trabalho ou junto à família”, aponta Humberto.

Foi o que aconteceu nos casos de domingo: o sargento reformado Manoel Pedro Pantoja Rodrigues, 51 anos, trabalhava em um depósito da família, no bairro Castanheira, quando foi alvejado. Já o soldado Allan Jones Costa da Silva saía da casa da sogra, junto à esposa, quando foi baleado, no bairro Águas Brancas, Ananindeua.

O presidente da Associação acrescenta ainda que, para os criminosos, não há diferença entre militares que estão na ativa e que estão aposentados. “Ser PM é ser alvo. Se eles descobrem que alguém é policial militar, já é motivo para balear”, enfatiza. De acordo com ele, o descaso do Governo afeta desde as condições de trabalho e qualidade de vida do policial até as investigações dos homicídios.

Um dos exemplos é o salário baixo, o que faz com que muitos militares façam “bicos” para complementar a renda. Outra questão é o setor de inteligência, que, para Humberto, deveria receber mais investimento para atuar com mais eficácia na prevenção e na solução de atentados contra policiais.

“Enquanto o Governo não age, mais policiais vão morrendo e as famílias ficam desamparadas, não tem nenhum apoio do Estado, as associações que dão algum suporte”, denuncia ainda o presidente da Associação.

SOLDADO BALEADO

O soldado Allan Jones, que foi baleado, é lotado no 10º Batalhão da Polícia Militar e seguia hospitalizado em estado estável no final da manhã de ontem. Os criminosos estavam em um carro vermelho, mas ainda não se sabem as demais circunstâncias ou motivações. O caso foi na rua 2 de junho, em uma localidade conhecida como Portal do Aurá II.

No local, a lei do silêncio imperava na manhã de ontem (13), mas alguns comentários são de que o crime teria sido, na verdade, uma briga entre vizinhos, diferente do que aponta a análise preliminar da Polícia.

“Ele morava por ali e comentam que estaria bebendo com os vizinhos quando houve uma discussão e balearam ele”, disse uma moradora do local, que preferiu não se identificar com medo de represálias.

(Alice Martins Morais/Diário do Pará)

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