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Povo de Belém não espera pela Prefeitura e limpa mercado

Cansados de passar todos os dias em frente ao Mercado de São Brás e ver esse prédio histórico cada vez mais abandonado, um grupo de pessoas decidiu se reunir para fazer um mutirão de limpeza no local, na manhã do último sábado (11). Munidos de luvas, vas

Cansados de passar todos os dias em frente ao Mercado de São Brás e ver esse prédio histórico cada vez mais abandonado, um grupo de pessoas decidiu se reunir para fazer um mutirão de limpeza no local, na manhã do último sábado (11).

Munidos de luvas, vassouras e sacolas plásticas, cidadãos decidiram meter a mão na massa e se esforçar para fazer o trabalho pelo qual a Prefeitura de Belém é responsável. O mutirão faz parte do movimento Bela Belém, lançado pela cantora Gina Lobrista com o objetivo de conscientizar a população da necessidade que a capital tem de maior limpeza. “Meu grande sonho é fazer esse mutirão toda semana, em vários outros locais pela cidade. Se nos unirmos, podemos fazer uma grande mudança”, prega a artista.

O estudante Alex Barata, 44, lamenta pela situação precária em que o Mercado se encontra. “Será que vão esperar o Mercado desmoronar para fazerem alguma coisa? É preciso uma reforma do chão ao teto”, pede.

A empresária Cirlene Galvão, 35, tentava remover as pichações que hoje fazem parte de toda a cobertura do prédio. “A gente percebe que há uma falta de interesse muito grande da Prefeitura em manter o Mercado. Ele precisa de uma pintura apropriada, assim como vemos em outros locais do mundo”, observa a colaboradora.

ABANDONO

Se quem passa pelo Mercado de São Brás já sente a falta de limpeza, quem trabalha no espaço vive na pele todas as dificuldades. No início do século XX, o Mercado não levou nem dois anos desde que foi colocado no papel para se tornar realidade. A rapidez da entrega da obra contrasta com a realidade contemporânea: a Prefeitura está há quase duas décadas sem fazer restauração. Os feirantes sentem as consequências desse abandono, já que algumas partes do telhado de vidro caíram durante fortes ventanias, a fiação elétrica apresenta danos e a sujeira toma conta da área.

Por isso, os trabalhadores precisam tirar do próprio bolso para pagar pela limpeza no interior do Mercado, da mesma forma que precisam contratar vigias, eletricistas e demais serviços necessários. “Se a gente for esperar pela Prefeitura, não tem condições. É muito difícil virem aqui, políticos só vêm quando querem voto”, dispara o feirante Armando Pontes, 44, que trabalha desde sua adolescência no local. Ele, inclusive, leva a sua própria vassoura para amenizar a sujeira. “Prejudica muito nossas vendas, porque ninguém quer vir para um local imundo”, diz.

A feirante Rosana Martins, 57, ficou feliz ao ver o mutirão de limpeza no sábado, mas avalia que esse é apenas o ponto de partida. “Precisamos de uma revitalização completa no prédio, tudo está precário, desde a limpeza até as instalações elétricas”, denuncia.

OUTRO LADO

Em nota, a Prefeitura informa que todas as feiras e mercados de Belém e distrito recebem serviços de recolhimento e entulho diariamente. Sobre o mercado de São Brás, a Prefeitura ressalta que a Secretaria de Saneamento (Sesan) realiza diariamente a limpeza no mercado com os serviços de varrição, inclusive aos domingos e feriados, coleta de entulho no período noturno, e que a lavagem no espaço ocorre de segunda a sexta-feira.

(Alice Martins Morais/Diário do Pará)

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