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Conheça a triste história da 'mulher da seringa' e sua vida destruída pelas drogas

Desde o último mês de junho, uma 'lenda urbana' ganhou foto, nome e até registro na polícia em Belém: R.M.S, uma usuária de entorpecentes ficou conhecida como a “mulher da seringa”, que atacaria vítimas aleatórias pelas ruas do Centro da cidade com uma

Desde o último mês de junho, uma 'lenda urbana' ganhou foto, nome e até registro na polícia em Belém: R.M.S, uma usuária de entorpecentes ficou conhecida como a “mulher da seringa”, que atacaria vítimas aleatórias pelas ruas do Centro da cidade com uma seringa cheia de sangue. No entanto, a história de R. tem contornos que mais se assemelham a um drama do que a um terror urbano.

O DOL conversou uma parente de R., que prefere não se identificar, para saber mais sobre a vida da mulher. A idade dela não é precisa, nem para os familiares: algo entre 34 e 37 anos. Mãe de quatro filhos, sendo um adolescente e três crianças (a caçula com apenas 2 anos de idade).

Três dos filhos dela moram com a avó materna e um deles com os avós paternos. O contato da usuária de entorpecentes com as crianças não é tão constante, segundo a familiar. Comportamentos violentos e o vício a afastaram do convívio com os filhos, mas nem sempre foi assim.

O relacionamento com o ex-companheiro, que era traficante, foi o ponto que marcou o início do declínio na vida da mulher.

“Ele era traficante. Ele a levou para essa vida. Ela gostava muito dele e fazia de tudo por ele, desde muito nova. Ela foi ficando cada vez pior até o momento que a mãe dela não aguentou mais a situação”, comenta a familiar.

“Ela não tinha dados problemas sérios até então [antes de conhecer o ex-companheiro]. Mas quando ela o conheceu, ela começou a ficar violenta dentro de casa. Chegou a agredir a mãe, era violenta com o filho dela. Usou muita droga, até quando estava grávida”, continua.

De acordo com a parente de R., a mãe dela, avó das crianças, chegou a morar fora do Brasil durante um tempo, mas voltou para cuidar da filha e dos netos.

“A mãe dela chegou a morar fora do Brasil. E ela [R.] se perdeu de vez. A mãe dela voltou mais por causa dela e por causa dos filhos dela. De vez em quando ela [R.] vai ver as crianças, mas não é um relacionamento muito bom”, relata a parente.

O ex-companheiro de R. morreu, mas o vício por entorpecentes, que ele criou na vida da mulher, persiste. Ela ataca pessoas nas ruas e pratica furtos para manter a dependência química, de acordo com a Polícia Civil do Pará à época que o boato sobre a “maníaca da seringa” veio à tona.

Primeiros relatos

Os boatos sobre a “lenda urbana” começaram a ganhar os noticiários de Belém no último mês de junho, quando circularam vídeos de abril de 2018 de uma mulher agredindo duas outras na avenida Tamandaré, próximo a um shopping localizado no bairro Batista Campos, área nobre da capital paraense. As imagens causaram pavor em quem precisava trafegar pelo local.

Nos vídeos, via-se que R. caminhava rapidamente em direção a uma vítima e a agredia no rosto, seguindo depois seu trajeto tranquilamente. Em outro vídeo, já na saída lateral do shopping, na rua, ela chega a atacar outra mulher pelas costas e foge após puxar a bolsa da vítima.

Ela foi detida duas vezes em apenas três dias, segundo a Polícia Civil. A primeira vez foi no dia 22 de junho, onde foi realizado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por ameaça a um funcionário de um shopping no bairro de Batista Campos.

Na manhã do dia 25 de junho, ela foi detida novamente por policiais militares no Ver-o-Peso por apresentar um comportamento agressivo com algumas pessoas, além de ter sua foto divulgada em grupos de mensagens e até mesmo portais de notícias como a “Maníaca da Seringa”, mesmo sem nenhuma confirmação oficial.

R. foi levada para a Seccional do Comércio, segundo a Polícia Civil, até ser liberada no final daquela manhã por nenhuma vítima comparecer para acusá-la de algum crime, muito menos com alguma "seringa".

Polícia Militar foi chamada após nova 'aparição'

Nesta quarta-feira (8), a 'mulher da seringa' levou desconfiança e pânico a algumas pessoas que passavam na avenida Duque de Caxias com a travessa Angustura, no bairro do Marco, em Belém. Algumas chegaram a se refugiar dentro de uma farmácia.

O caso foi confirmado pela Polícia Militar, acionada para averiguação. Segundo o tenente Eduardo, fiscal de dia do 1º Batalhão da Polícia Militar, a denúncia se tratava de uma seringa em que havia sangue.

Um vídeo feito por populares da via mostra o momento em que a mulher é cercada por homens da PM. Na sequência, ela corre e entra em um ônibus.

O DOL entrou em contato com a assessoria da PM e fomos informados que a mulher fazia ameaças aos clientes da farmácia. Contudo, não houve feridos e nenhum objeto foi encontrado em posse da suspeita, o que não gerou registro de ocorrência. A mulher foi liberada.

(DOL)

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