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Planta medicinal da Amazônia tem DNA sequenciado

Uma planta medicinal amazônica que corre risco de extinção é protegida e estudada por instituto científico da mineradora Vale. O jaborandi, nativo dos estados do Pará, Maranhão e Piauí, principalmente encontrado na Floresta Nacional do Carajás (sudeste do

Uma planta medicinal amazônica que corre risco de extinção é protegida e estudada por instituto científico da mineradora Vale. O jaborandi, nativo dos estados do Pará, Maranhão e Piauí, principalmente encontrado na Floresta Nacional do Carajás (sudeste do Estado), é a única planta conhecida na natureza que produz a rara e complexa molécula da pilocarpina, utilizada na produção de medicamentos contra o glaucoma e a Síndrome de Sjörgren, também conhecida como “boca seca”.

Por causa dessa demanda, há décadas a planta vem sendo extraída de forma predatória da natureza, o que tem colocado a continuidade da espécie em risco.

Criado ainda em 2009 para auxiliar a Vale na busca de soluções para o meio ambiente e às comunidades do entorno da mineradora, o Instituto Tecnológico Vale (ITV) desenvolveu um projeto comprometido em sequenciar o DNA da planta, para descobrir como ela produz a pilocarpina e de que forma isso pode ser potencializado, além de mapear e monitorar a espécie, de forma a encontrar novas áreas de ocorrência e desvendar seu ciclo produtivo para evoluir as formas de manejo e extração.

“A jaborandi é uma planta complexa. Nós já perdemos mais de 50% do que havia disponível da espécie na natureza por causa da forma que ela era extraída”, esclarece o engenheiro agrónomo do ITV, Cecílio Caldeira.

(Foto: Ney Marcondes/Diário do Pará)

CULTIVO

Além disso, o mapeamento do genoma do jaborandi, cuja primeira versão está prevista para ser finalizada ainda em janeiro de 2019, vai ajudar na compreensão da fisiologia da espécie e em como ela se relaciona com o meio físico e químico.

“Com isso poderemos selecionar entre as plantas que produzem mais pilocarpina e assim identificar as características genéticas necessárias para aumentar a produção do ativo”, esclarece o biólogo molecular Guilherme Oliveira. Um dos grandes objetivos do projeto é gerar um conhecimento que possa ser repassado à comunidade local, que depende da extração de jamboradi como forma de sustento.

Segundo o presidente da Cooperativa dos Extrativistas na Serra dos Carajás (Coex-carajás), Gilson Lima, o empreendimento já tem beneficiado a população. “O mapeamento das novas áreas dobrou o volume da nossa produção. Até 2015, a colheita das folhas não passava das 23 toneladas. Hoje, superamos a marca de 50”, garante.

Além disso, o método de colheita atual exige muito esforço do trabalhador, que chega a passar dias inteiros dentro das florestas e a caminhar de 3 a 4 horas carregando entre 30 e 35 quilos de folhas “Com os resultados, poderemos liberar as técnicas de plantio para que as famílias possam cultivar a planta em suas próprias propriedades”, defende Caldeira.

EM NÚMEROS

Com o objetivo de minimizar os efeitos da extração, desde 2012, o ITV já mapeou mais de 7 mil hectares da ocorrência da espécia na Flona de Carajás, produziu mais de 600 mudas em uma área de resgate, e decobriu que o melhor período para o corte são entre os meses de junho e agosto, quando a colheita pode ser feita causando menos impacto na planta.

(Arthur Medeiros/Diário do Pará)

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