Tremor de terra volta a assustar moradores de Baião

Um tremor de terra assustou moradores do município de Baião, no nordeste paraense, no início da manhã desta quarta-feira (18). Nas redes sociais, testemunhas relataram momentos de tensão e medo durante o abalo.

O professor Clodoaldo Bohadana, que mora do município, teve a parede da casa rachada após o tremor. Ele relatou momentos de pânico vividos por moradores da região.

“O tremor durou menos de um minuto. Essa é a terceira vez que isso acontece. Muito entram em pânico no momento. Há relatos, inclusive, de que outras casa também racharam”, revelou o professor.

Parede da casa do professor com rachaduras após o tremor. (Foto: Arquivo pessoal)

Não é a primeira é registrado no município. Em 2012, moradores relataram ter sentido a terra tremer por oito segundos.

Na época, o coordenador do 2º Distrito de Meteorologia (Disme), José Raimundo Abreu, informou que o único sismógrafo do Pará estava quebrado e por isso o tremor não foi registrado pela Universidade Federal do Pará.

Logo após o tremor, o professor pesquisador da faculdade de Geofísica da UFPA e especialista em Sismologia, Lourenildo Barbosa Leite não descartou outros abalos na região. "É possível que outros abalos sísmicos voltem a acontecer, mas não existe previsão para terremotos em escala de tempo curta", disse ele.

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Medidas de segurança

Em caso de tremor, primeiramente a pessoa deve manter a calma. Em seguida, proteja a cabeça e vá para o lado de fora da casa.

Em nota, a Universidade Federal do Pará (UFPA) informou que em relação a abalos sísmicos, a Universidade esclarece que o equipamento existente em nosso Laboratório de Sismologia é usado para fins didáticos e, em geral, não fica ligado quando não está em uso. Além disso, as leituras podem não ser precisas, uma vez que para tal fim o modo de instalação deveria ser outro (inclusive para diferenciar outros tipos de tremores dos gerados pelos abalos sísmicos reais).

A UFPA disse ainda, que está tentando localizar o coordenador do laboratório, mas em ocasiões anteriores raramente o equipamento estava ligado no momento do abalo e foi o Observatório de Sismologia da UNB (Universidade de Brasília), quem se pronunciou sobre os terremotos e tremores no Pará.

O DOL entrou em contato com o Observatório Sismológico e com a Prefeitura de Baião e aguarda um posicionamento.

(DOL)