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Diferença de preço do botijão de gás no Pará varia até R$ 50

A aposentada Dilar dos Santos, 79, mora com o único filho que tem. Apesar de cozinhar apenas para duas pessoas, ela sente no bolso a despesa com o gás de cozinha. Para conter os gastos, a idosa toma algumas medidas. “Faço feijão para três a quarto dias, n

A aposentada Dilar dos Santos, 79, mora com o único filho que tem. Apesar de cozinhar apenas para duas pessoas, ela sente no bolso a despesa com o gás de cozinha. Para conter os gastos, a idosa toma algumas medidas. “Faço feijão para três a quarto dias, não costumo assar bolo e biscoitos e as carnes duras vão para a panela de pressão”, conta. Assim, ela consegue economizar o gás, em média, por 45 dias. “Está caro, é preciso fazer economia para não pesar no bolso”, completa.

Ao contrário da dona Dilar, o comerciante Célio de Oliveira, 47, tem uma despesa considerável com o consumo de gás, por mês. Ele mantém, há dois anos, uma barraca de venda de café da manhã, na avenida Romulo Maiorana, no bairro do Marco, em Belém. A cada 20 dias, ele precisa trocar o botijão. Em média, compra o produto por R$ 75, o que pesa cerca de 15% na sua despesa. “Com os frequentes aumentos, acabamos repassando aos consumidores. É complicado, pois a concorrência é grande”, conta.

O último reajuste nos valores de seus produtos foi em março. Agora, pretende fazer malabarismo para manter os preços. “Centavos fazem diferença no comércio, gastamos em quantidade. A saída é procurar o gás mais barato”, completa.

(Foto: Maycon Nunes/Diário do Pará)

SALGADO

O gás de cozinha comercializado no Pará é o 11º mais caro do Brasil. No primeiro semestre deste ano, o produto fechou com o aumento de 2,33%, segundo uma pesquisa feita pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos no Pará (Dieese-PA). Em média, o produto é comercializado a R$ 72,56. O estudo foi feito com base em informações oficiais da Agência Nacional de Petróleo (ANP). O menor preço encontrado no Estado foi de R$ 60 e o maior quase o dobro: R$ 110.

Em junho, Redenção, no sudeste paraense, foi o município que comercializou o produto mais caro, em média a R$ 94,55. Na capital, é possível encontrar preços mais baixos, de até R$ 60, mas o consumidor deve fazer uma pesquisa e garantir a economia. No mesmo bairro, o DÁRIO encontrou o botijão com a diferença de preço de até R$ 10.

A oferta de R$ 61, no botijão de 13 kg, está estampada à porta do depósito Pedreira Gás, na travessa Angustura. O valor é uma promoção apenas para venda no local e com o pagamento à vista. Para entregar em casa, sai a R$ 66 tudo. “Trabalhamos há 20 anos no ramo, estão tendo vários aumentos e, nem sempre, repassamos ao consumidor”, conta Lucas Santos, auxiliar administrativo.

Ainda na Pedreira, já na travessa Curuçá, o depósito Miri Sá Gás entrega o botijão por R$ 65. O comércio tem um caminhão que circula na região com o produto. Por dia, em média, são vendidas 20 unidades. “O valor é uma promoção, pois custa R$ 70. Outra vantagem que damos ao cliente é passar na porta dele”, explica o vendedor, Gilmar Pinto, 33.

Na rua Nova, o valor estava mais atraente. Indo buscar no local, custa R$ 60, no depósito Barbosa Gás. Já com a entrega, o produto aumenta mais R$ 10. “Estamos há oito anos aqui, e percebemos que mesmo mais caro, as pessoas preferem receber em casa”, diz o gerente Luiz Roberto, 35.

Novo reajuste será praticado em breve

No último dia 6 deste mês, a Petrobrás anunciou o aumento de 4,4% no preço na refinaria. O reajuste foi repassado integralmente às revendedoras, que nos próximos dias devem readequar os preços. “A porcentagem representa R$ 1,50 no valor do botijão. No último sábado (7), começou a ser repassado”, antecipa Francinaldo Oliveira, presidente do Sindicato das Empresas Revendedoras de Gás Liquefeito de Petróleo do Estado do Pará (Sergap).

Este mês, em acordo coletivo, os trabalhadores de depósitos, também passarão ter seus salários reajustados em 2%. “O preço é livre, mas, em média, para pagar todos os custos, o valor deveria sair a R$ 70. Temos de levar em consideração a logística. Para chegar em alguns locais, como Redenção, o custo ainda é alto”, ratifica Oliveira. No Pará, há 2.500 postos de revenda.

(Roberta Paraense/Diário do Pará)

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