A menos de uma semana do início de julho, tradicional mês de férias e veraneio que a população belenense aproveita o sol e o tempo livre para ir às praias da Grande Belém, a Prefeitura ainda não divulgou a relação de quais balneários estão próprios ou impróprios para banho. A Praia do Cruzeiro, por exemplo, no distrito de Icoaraci, ainda não tem nenhuma sinalização e a população local reclama da sujeira, insegurança e poluição. O militar Carlos Gomes, 41, por exemplo, frequenta com regularidade os bares beira-rio da praia, mas não se aventura a entrar na água. “Não aconselho. A aparência da água não é boa, não passa segurança”, alerta. Já o vigilante Robson Ferreira, 41, até se arrisca, mas apenas até a cintura e nunca sem tomar um segundo banho ao chegar em casa. “Não mergulho, tenho medo. Essa água é muito poluída, imagina o que não faz com a pele da gente”. Preocupado com sua saúde, Ferreira tem o hábito de correr pelo calçadão da praia todos os dias e também critica pontos estruturais da área. “Tem muito que melhorar. Falta pintura nas calçadas, a academia ao ar livre está toda quebrada e tem muita sujeira e lixo na areia da praia”, enumera. O goiano e lavrador Joaquim Mendes, que esteve pela primeira vez no balneário ontem, não saiu com uma boa impressão. “Ah, aqui está devagar. Tem muito lixo espalhado, copos, sacolas de plásticos. Não parece que tem algum gestor cuidando disso aqui”, frisa. Para o comerciante Jackney Galvão, 39, que trabalha com a mãe em uma barraca que é bar e restaurante à beira da praia, a situação é ainda mais complicada. “Aqui a gente enfrenta um problema grave de saneamento que faz com que a praia seja interditada todo ano sem que nada seja feito para que isso mude”, critica. Segundo ele, a interdição diminui drasticamente o movimento e causa prejuízo para seu estabelecimento. “O problema é que sai ano, entra ano e eles não fazem nada para resolver. E nem se explicam”, expõe. “Enquanto isso, a gente paga cerca de R$ 2 mil de impostos todo ano para continuar funcionando. Para onde vai esse dinheiro?”, questiona.
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(Arthur Medeiros/Diário do Pará)
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