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GERSON NOGUEIRA

Leia a coluna de Gerson Nogueira desta terça-feira, 26: A periferia invade a festa

A Copa sai da fase mais ou menos burocrática para ingressar na etapa das definições. A triagem dos 16 melhores está se desenhando. Portugal e Espanha escaparam raspando ontem, empatando com adversários modestos na geografia boleira, mas extremamente aplic

A Copa sai da fase mais ou menos burocrática para ingressar na etapa das definições. A triagem dos 16 melhores está se desenhando. Portugal e Espanha escaparam raspando ontem, empatando com adversários modestos na geografia boleira, mas extremamente aplicados. O desempenho de Irã e Marrocos, dando um suor nos times de CR7 e Isco, escancara o equilíbrio reinante no torneio, como há muito tempo não se via.

Times medianos se arvoram a buscar o nível mais alto, o que torna a competição mais rica no aspecto técnico e vibrante pelo lado emocional. México, Bélgica, Nigéria, Islândia, Suíça, Colômbia, Sérvia, Japão e Croácia integram esse pelotão intermediário que vem rompendo com algumas premissas antigas.

Já havia abordado esse fenômeno, mas, a partir dos jogos da fase de grupos, pode-se dizer que o respeito pelas seleções tradicionais está diminuindo, da mesma forma como cresce a qualidade geral dos confrontos.

Houve um tempo em que a primeira fase das Copas era dominada por resultados bizarros, times fraquíssimos expostos a surras contra as seleções mais poderosas. Na Rússia, somente Panamá e Arábia Saudita destoaram dos demais.

Aos poucos, isso está ficando para trás. Todos os países investem muito na preparação, no intercâmbio e na assimilação de conceitos modernizantes. Contribui fortemente para isso a globalização de chuteiras.

Quase todos os times são treinados por técnicos de larga experiência e são formados por atletas que atuam nas principais ligas europeias, ganhando confiança, rodagem e aprendendo a jogar melhor. Até os times africanos, normalmente indisciplinados no aspecto tático, passaram a jogar organizadamente.

Considero pouco provável que nesta edição o Terceiro Mundo da bola levante a taça de campeão, mas o avanço é evidente e irreversível. A periferia está invadindo a praia dos maiorais.

Não por coincidência, hoje, a respeitada Argentina de Lionel Messi corre o seriíssimo risco de ser alijada da disputa por um selecionado africano naquele que é o embate mais esperado desta terça-feira.

Critérios da FPF prejudicam a Desportiva

A Desportiva reclama que está sendo prejudicada no Campeonato Paraense Sub-17 pelos critérios da Federação Paraense de Futebol no direcionamento da tabela. Classificada para a semifinal, a equipe não poderá jogar em seu campo, pois o regulamento veta partidas em locais abertos.

O problema é que, ao invés de agendar o jogo para o Mangueirão ou o campo do Seju, a FPF optou pelo estádio do Souza, que está cedido temporariamente ao Remo. Com isso, de maneira surpreendente, o mando de campo acabou invertido.

Outra queixa é quanto à definição dos times por grupo. A dupla Re-Pa, sabidamente mais fortes, foi encaixada na chave da Desportiva. Apesar disso, contra todas as previsões, o time avançou na competição e alcançou as semifinais. Só não vai poder exercer mando de campo.

Coisas típicas da surreal gestão do futebol no Pará.

Sócrates inspira recadinho de Cantona

Quando Eric Cantona rompe o silêncio outra vez é preciso estar atento. Atacante enfezado, barraqueiro até, o francês se mostra atualizado e com ideias bem claras acerca do mundo contemporâneo, dentro e fora dos gramados. Fã declarado de Sócrates, a quem já prestou inúmeras reverências, Cantona usou ontem uma foto icônica do Doutor em seus perfis na internet para alfinetar Neymar.

“Sem mais trapaças, sem lágrimas de crocodilo. Vamos amar o Brasil como nós costumávamos a amá-lo”, escreveu, revelando a impressão que os europeus têm hoje das atitudes do nosso principal jogador. É algo que faz pensar. Tomara que o ainda jovem Neymar cresça para o jogo e amadureça para a vida.

O que mais incomoda em relação ao camisa 10 é a exposição exagerada de aspectos de sua vida que nada têm a ver com o jogo em si. Esse furor midiático acaba perigosamente associado ao comportamento em campo, repleto de reclamações contra a arbitragem e simulações desnecessárias. Há quatro anos, as explosões de irritação eram perdoáveis, hoje são inaceitáveis.

Uma nova chance de corrigir rumos

O Remo vive fase tão taciturna e sombria que a única notícia que deve ser considerada boa é a reabertura do debate sobre o estrago causado pela destruição do estádio Evandro Almeida há cinco temporadas.

Não há uma conta fechada sobre os sérios prejuízos causados ao time nos diversos campeonatos disputados, mas já se sabe que a falta de local para mandar seus jogos lesou o clube em mais de R$ 3,5 milhões.

Chama atenção o fato de que conselheiros e beneméritos tenham aceitado passivamente que a situação prejudique o Remo, ano após ano, sem tomar qualquer prática quanto à cobrança de uma indenização do ex-presidente causador da desgraça.

No mínimo, caberia proceder a uma apuração de responsabilidades para que se descubra a causa de tantos males, que convergem para a possibilidade iminente de novo rebaixamento.

O Remo só tem chance de sair do atoleiro quando, através das instâncias deliberativas, criar coragem para expor suas vísceras e cortar na própria carne, sem a preocupação de preservas caciques e cardeais. O clube é sempre mais importante do que os aventureiros de plantão.

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