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Ciclistas de Belém não têm direitos respeitados e vias adequadas

Mesmo sendo considerado um dos meios de transporte mais saudáveis e sustentáveis, e por isso tão popularmente adotado por grandes cidades do mundo, como Paris e Nova York, a bicicleta está longe de ser uma opção segura e fácil para os habitantes d

Mesmo sendo considerado um dos meios de transporte mais saudáveis e sustentáveis, e por isso tão popularmente adotado por grandes cidades do mundo, como Paris e Nova York, a bicicleta está longe de ser uma opção segura e fácil para os habitantes de Belém. Isso porque a cidade ainda carece de educação, infraestrutura e fiscalização e os investimentos que têm diminuídos pela Prefeitura nos últimos tempos. Para se ter uma idéia, somente em 2017, foram 1.174 acidentes envolvendo bicicletas no Pará.

“Um dos principais problemas que os ciclistas enfrentam é que a bicicleta ainda não é vista como um veículo como qualquer outro”, inicia a professora. “E a bicicleta é uma opção de vida. Ela é utilizada por cidades de primeiro mundo”, diz a engenheira de trânsito Maísa Tobias, professora da Universidade Federal do Pará (UFPA). Segundo a especialista, o investimento na educação de trânsito para que a bicicleta assuma sua posição como opção de mobilidade precisa ser contínuo e não restrito à campanhas. “É precisa criar na cidade um ambiente favorável e receptível à bicicleta”, comenta.

INFRAESTRUTURA

Mas isso ainda está longe de ser uma realidade. Apenas no último mês de maio, por exemplo, dois ciclistas perderam a vida ao serem atropelados em grandes vias da cidade. Entre as principais transgressões cometidas contra quem utiliza esse meio de transporte estão o estacionar em ciclovias e ciclofaixas (desobedecendo o artigo 181 do Código Brasileiro de Trânsito); não guardar a distância mínima de 1,5m do ciclista (artigo 201); e não reduzir a velocidade ao ultrapassar bicicleta (artigo 220).

Outro problema destacado pela especialista é a falta de infraestrutura. Além de a rede cicloviária da cidade não ter a cobertura ideal, as faixas e vias já existente não recebem a devida manutenção. “Não basta implementar, tem que manter. Belém enfrenta um problema sério com drenagem que faz com que as ciclovias, que geralmente ficam nas laterais das pistas, sejam diretamente prejudicadas”, argumenta. Com a água da chuva que se acumula com frequência e a falta de escoamento, tornou-se comum o aparecimento de buracos e crateras nessas vias.

DOL

Com sinalização apagada, o jeito é se arriscar entre os carros

A ciclofaixa da avenida Pedro Álvares Cabral, entre a avenida Júlio César e a passagem Stélio Maroja,teve a sinalização apagada, obrigando os ciclistas a se arriscarem entre os veículos para se locomover. “É complicado.

Os carros já não respeitam com a faixa, se tirar, aí que fica difícil”, reclama o jovem autônomo José Costas, 20 anos, que já teve um carro avançando e batendo em seu equipamento há alguns meses. Com o mecânico Airton Souza, 46, não foi diferente. Um ônibus bateu na traseira de sua bicicleta, inutilizando uma das rodas do veículo e lhe causando prejuízos. “Em Belém, a vida do ciclista é muito arriscada. Tem que estar sempre atento”, alerta. O porteiro José Carlos, 52, que também utiliza o meio para ir ao trabalho reclama da desobediência dos motoristas. “Eles estacionam na ciclovia, avançam em sinal fechado... É horrível”, lamenta o pedreiro.

resposta semob

Segundo a A Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob), Belém possui cerca de 90 km de malha cicloviária, sendo 18,5 km de ciclovias e 72 km de ciclofaixas, incluindo os 2 km da mais recente implementada, a ciclofaixa da Vileta.

Sobre a ciclofaixa da Pedro Álvares Cabral, o órgão informa que a mesma será ampliada para chegar até a Doca, interligando a malha cicloviária da cidade. Para a ampliação, a ciclofaixa será redimensionada, ganhando novo tamanho, extensão e sinalização.

(Arthur Medeiros/Diário do Pará)

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