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Pará registra média de 11 homicídios por dia

Dados da própria Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) informam que, no primeiro quadrimestre deste ano, foram registrados 1.292 homicídios no Pará contra 1.309 ocorridos no mesmo período ano anterior.  Mesmo com uma pequena r

Dados da própria Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) informam que, no primeiro quadrimestre deste ano, foram registrados 1.292 homicídios no Pará contra 1.309 ocorridos no mesmo período ano anterior.

Mesmo com uma pequena redução de 17 crimes, a violência continua alarmante e a média de assassinatos por dia segue em cerca de 11. Uma mínima redução na criminalidade foi enaltecida pelo secretário Luiz Fernandes no dia 10 de abril, quando ele convocou uma coletiva de imprensa, na manhã seguinte após 13 pessoas terem sido mortas no Estado em um único dia, para falar em queda na criminalidade em relação ao primeiro trimestre do ano passado.

A impressão é de que o Governo segue insistindo em números desmentidos pela realidade. “Desde o inicio de 2018, a violência ganhou ares de uma guerra civil”, avalia o deputado estadual José Scaff Filho (MDB), que solicitou uma audiência pública para esta segunda-feira (4), a fim de debater a possibilidade de uma intervenção federal no Estado, bem como as mudanças e consequências de recorrer a essa medida.

FUGA

Na solicitação feita ao presidente da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa), deputado Neil Duarte (PSD), Scaff inclusive lembra que, além das mortes no dia 9, horas depois da coletiva feita pela Segup ocorreu a tentativa de fuga de presos do Centro de Recuperação Penitenciária do Pará III (CRPP III), em Santa Izabel do Pará, na Região Metropolitana de Belém (RMB), que terminou com mais de 20 mortos, incluindo um
agente penitenciário.

“Em um ano, é a sétima vez que a grande Belém vive uma onda de violência em que as mortes tiveram características de execução. Foram pelo menos quatro chacinas”, disse. “A audiência pública proposta por mim não se converte em apenas um debate e sim na importância urgente de se dar uma resposta aos cidadãos de Belém e aos demais municípios do Pará. Houve cerca de 686 mortes violentas apenas em janeiro e fevereiro, segundo a Lei de Acesso à Informação pelo projeto Monitor da Violência e o Fórum Brasileiro da Segurança Pública. O total coloca o Estado como um dos três onde mais se mata no país”, alerta.

Foram convocados para a audiência instituições de Governo e não governamentais, no sentido de promover um debate democrático, amplo, aberto, e para que se possa chegar uma resposta objetiva, não apenas paliativa.

Alguns casos de violência:

- 6 de janeiro: o sargento Wladimir Odylo Gilibert de Matos levou tiros nas costas e no peito quando estava em frente de casa, em Belém. No dia seguinte e no posterior, 13 pessoas foram assassinadas, algumas com características de execução.

- 1º de março: seis pessoas foram mortas, cinco em Belém e uma em Marituba. Segundo a polícia, todos os casos tinham características de execução.

- 29 de abril: a cabo Maria Fátima Cardoso dos Santos foi assassinada em Ananindeua. No mesmo dia, 12 pessoas foram assassinadas em Belém e em Ananindeua.

É preciso um novo modelo de segurança, diz deputado

Presidente do Comitê de Segurança do Pará, Guilherme Rodrigues entende que não faz o menor sentido o Governo do Estado falar sobre uma queda na criminalidade, enquanto a população se sente cada vez mais insegura. “A estatística estava muito alta. Essa pequena queda é natural, mas a média permanece”, diz.

“Temos visto na TV uma espécie de convocação da população em ajudar na situação... promovendo uma espécie de toque de recolher velado ao estimular que não fiquem na rua até tarde, ou insistindo que precisa de apoio pelo Disque Denúncia e coisas do tipo. Isso é o Estado se eximindo de sua responsabilidade de diminuir a violência e investigar os crimes”.

Para ele, a administração do Estado segue empurrando o lixo para debaixo do tapete com maquiagem e estatísticas que são baseadas em fatos que não condizem com a realidade.

“Sabemos que a violência cresceu de forma assustadora. Deu uma parada agora no assassinato dos agentes da Segurança Pública porque deram uma mexida onde se encontra o foco, que são as casas penais”, destaca.

Para o deputado Scaff, é preciso se pensar em um novo modelo de Segurança Pública para o Estado, e não apenas se resumir à entrega de viaturas e coletes. “ A violência vai além desta política do ‘diz que faz’. É preciso se combater a criminalidade na fonte”.

(Carol Menezes/Diário do Pará)

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