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Bispo do Marajó diz que Governo foi omisso nos casos de raiva

O bispo da prelazia do Marajó, Dom José Luís Azcona, acusou o Governo do Estado de saber sobre aumento no número de morcegos em Melgaço, no Marajó, e ser omisso diante da situação. Segundo Azcona, um matadouro de animais, no centro do município, estaria a

O bispo da prelazia do Marajó, Dom José Luís Azcona, acusou o Governo do Estado de saber sobre aumento no número de morcegos em Melgaço, no Marajó, e ser omisso diante da situação. Segundo Azcona, um matadouro de animais, no centro do município, estaria atraindo os morcegos, responsáveis pelos casos de raiva na região. A doença já matou 8 pessoas, a maioria crianças, e outras 6 permanecem internadas em estado grave.

A denúncia foi feita durante uma audiência pública, na noite de ontem (21), em Belém, promovida pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara Federal, para ouvir os relatos dos representantes das comunidades afetadas por diversos problemas no Estado, como as chacinas, pelo lixão de Marituba e pela contaminação das águas de Barcarena e Abaetetuba, causadas pela empresa Hydro. Em todos os depoimentos, a sensação foi de que todos esses episódios têm como principal motivação a impunidade.

O relato de Dom Azcona chamou a atenção das pessoas presentes. O bispo do Marajó disse que existe um matadouro que estaria atraindo morcegos e que, segundo o religioso, têm contaminado animais, como vacas, búfalos e cachorros. “Não por acaso os casos de raiva humana estão acontecendo em crianças de Melgaço. E o Estado sabe disso”, denunciou o bispo. Segundo Dom Azcona, além da concentração de morcegos no matadouro, o local há tempo jorra sangue e restos de animais no rio, contaminando a água utilizada para o consumo pela população local.

OUTROS CASOS

Outros casos de violação dos diretos humanos também foram relatados. Entre eles, o do lixão de Marituba, que até hoje não teve uma solução concreta por parte do Governo do Estado. O município recebe quase duas mil toneladas de lixo com acúmulo de quase 300 milhões de líquido de chorume em 21 lagoas. Segundo Hélio Oliveira, do Fórum Permanente do Lixão de Marituba.

A violência no campo e na cidade também foi assunto de destaque durante a audiência. Familiares de jovens mortos na chacina de 2014 denunciaram a ação de milícias que vitimaram jovens inocentes da periferia de Belém. Já a defensora pública agrária de Altamira, Andrea Barreto, comentou sobre a situação de terror motivada pelos conflitos fundiários na área da Transamazônica. O coordenador da Comissão Pastoral, padre Paulinho, entregou ao presidente da CDHM, deputado Luiz Couto (PT-PB) um dossiê sobre violação dos direitos humanos no Pará.

RAIVA HUMANA

A Secretaria Estadual de Saúde confirmou 14 casos suspeitos de raiva humana, com oito mortes. Outras 6 pessoas estão internadas em estado grave. Os casossuspeitos em investigação partiram de Melgaço, considerado o município mais pobre do Brasil.

(Leidemar Olieira/Diário do Pará)

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