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Dia histórico: PMs são condenados por chacina de Icoaraci

O Tribunal do Júri condenou na noite desta terça-feira (15) três policiais militares julgados por envolvimento na chacina de Icoaraci em 2011, quando seis jovens com idades entre 12 e 17 anos foram executados por um grupo de extermínio do qual PMs partici

O Tribunal do Júri condenou na noite desta terça-feira (15) três policiais militares julgados por envolvimento na chacina de Icoaraci em 2011, quando seis jovens com idades entre 12 e 17 anos foram executados por um grupo de extermínio do qual PMs participavam. Este foi o primeiro julgamento do caso. Além dos três condenados, o mototaxista Luís Henrique Gomes Cabral foi absolvido a pedido da promotoria. Ainda restam julgamentos de mais 15 acusados na operação chamada “Navalha na Carne”.

O julgamento teve início pela manhã e durou o dia inteiro com as apresentações das teses de defesa e acusação. Era noite quando o Conselho de Sentença – júri composto por sete jurados sorteados – votou de forma unânime, decidindo acolher na totalidade a tese acusatória contra os policiais Mauro Reis Coelho, Rosevan Moraes Almeida e José Percival da Conceição Moraes. Em relação ao réu Luís Henrique Gomes Cabral, a própria promotoria não sustentou a acusação e pediu a absolvição do mototaxista, sendo acatada pelos jurados.

Após a decisão do Conselho de Sentença o juiz estabeleceu as penas, já no final da noite. Rosevan Moraes Almeida foi condenado a penas que, somadas, chegam a 76 anos de prisão. Mauro Coelho e José Percival foram condenados a 46 anos de reclusão cada um, e mais 166 dias de multa para o primeiro. Todos foram condenados a regime inicialmente fechado.

Navalha na Carne

A operação “Navalha na Carne” foi criada em 2008 e representou um importante marco nas investigações de crimes praticados por grupos de extermínio na Grande Belém. A operação contou com a colaboração conjunta das polícias militar e civil, que a batizaram com este nome após a descoberta de um açougue de fachada que servia como escritório do crime organizado, recebendo e lavando o dinheiro de traficantes, assaltantes e milicianos.

A operação levou pelo menos sete anos para chegar nesta fase final de julgamentos, contando com inúmeras audiências com testemunhas de acusação e defesa.

A investigação e condenação dos agentes, além de ser um alento para os familiares das vítimas, marca um importante episódio da Justiça paraense. As autoridades esperam que o resultado dos julgamentos possa servir de incentivo para que crimes praticados por policiais corruptos sejam de fato punidos no estado.

(Igor Wilson/DOL)

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