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Famílias querem que Governo aja contra morte de policiais

Integrantes da Associação de Esposas e Familiares de Praças do Pará (AEFPPA) se reuniram ontem (26), em Belém, para cobrar do Governo do Estado soluções para as frequentes mortes de policiais militares nos últimos meses. Durante o encontro, os associados

Integrantes da Associação de Esposas e Familiares de Praças do Pará (AEFPPA) se reuniram ontem (26), em Belém, para cobrar do Governo do Estado soluções para as frequentes mortes de policiais militares nos últimos meses. Durante o encontro, os associados não descartaram a estratégia de promover um aquartelamento forçado dos policiais, impedindo-os de sair dos postos de trabalho, como forma de pressionar para um diálogo com as autoridades.

Pamela Rodrigues, vice-presidente da AEFPPA, evitou dar muitos detalhes da reunião para que as ações do grupo não sejam interpeladas por pessoas do governo. Ela cita o Boletim Geral (BG) número 76, divulgado na última quarta-feira (25) no site da Polícia Militar, como um dos motivos para manter-se discreta, chamando o documento de “Boletim da mordaça”. O BG traz uma instrução normativa que proíbe os policiais de conceder entrevistas à imprensa e permite apenas os comandantes de Unidades Operacionais a se pronunciar.

A instrução diz ainda que somente os PMs escolhidos pelos superiores podem falar em nome da corporação, previamente orientados sobre o conteúdo a ser declarado. “O policial militar, ao ser abordado pela imprensa, deverá informar acerca do contido no caput deste artigo, bem como comunicar que as declarações serão prestadas pelo porta-voz da Unidade ou do Coint”, diz a instrução, assinada pelo comandante geral da PM/PA Hilton Benigno.

“Nós, as esposas e os familiares, somos agora as vozes dos policiais, que agora não vão mais poder falar sobre suas atividades na rua nem sobre operações. Quem falar será perseguido e poderá até mesmo ter alvo de um processo administrativo”, disse. “A gente tem medo de perder nossos maridos, mas não medo de lutar. A paralisação não está descartada, mesmo a gente não querendo agir dessa forma”, completou.

Pâmela também informou, no entanto, que as ações das esposas e dos familiares estão sendo pensadas para que a população não fique prejudicada. “A população é tão vítima quanto nós, mas o Governo já demonstrou que não quer conversa. Já protocolamos diversos ofícios”, disse.

OMISSÃO

A vice-presidente da Associação também disse que a instrução normativa reflete a própria postura do governo, que não tem estado aberto para dialogar com a categoria. “Não há diálogo. O que ocorre é a omissão do governador Simão Jatene, que não investe na segurança pública. Vamos cobrar medidas efetivas para que os policiais parem de morrer e no combate à criminalidade”, disse. “Estamos doentes, não podemos sair nas ruas, o policial não tem mais vida social. O policial mora na periferia e está tenso. Olha a que ponto chegamos. Estamos aterrorizados”, lamentou.

(Domink Giusti/Diário do Pará)

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