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Belém e Ananindeua entre os três piores saneamentos do Brasil

Em se tratando do município de Belém, nada é tão ruim que não possa piorar. Um dos mais claros exemplos disso é o caos recente que a população da capital paraense tem vivido em consequência das recentes chuvas que assolaram a cidade, impedindo o direito d

Em se tratando do município de Belém, nada é tão ruim que não possa piorar. Um dos mais claros exemplos disso é o caos recente que a população da capital paraense tem vivido em consequência das recentes chuvas que assolaram a cidade, impedindo o direito do cidadão de ir e vir. E, antes que se diga que “a culpa é de São Pedro” ou que as chuvas são responsáveis pelos alagamentos, o Instituto Trata Brasil publicou ontem um relatório revelador mostrando que a verdade é um total descaso da Prefeitura com a população.

O município conseguiu despencar oito posições no ranking de saneamento básico produzido pelo órgão e é hoje a 98ª no ranking das 100 maiores cidades brasileiras. Lendo de trás para frente, vale dizer: é a segunda pior do Brasil.

Sem tratamento, sem coleta de lixo, sem cuidados básicos com o que corre abaixo do solo e que ninguém vê, Belém é lanterninha em três quesitos que compõem o saneamento básico: no atendimento em água tratada para a população, está entre as dez piores; no acesso de serviço de coleta de lixo, é a 95ª pior do Brasil; e, no indicador de tratamento de esgoto, está entre as dez piores do Brasil.

DURA REALIDADE

O Pará mantém três municípios entre as dez piores cidades acima de 100 mil habitantes no campo do saneamento básico do Brasil: Ananindeua (99ª), Belém (98ª) e Santarém (97ª).

Os dados usados pelo Instituto Trata Brasil para elaborar o relatório são do Ministério das Cidades em seu Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) - ano base 2016. Os resultados indicam que os números nacionais avançaram muito pouco. O presidente executivo do Trata Brasil, Edson Carlos, chama atenção para a diferença nos níveis de atendimento e investimentos em saneamento, justamente a partir da diferença entre melhores e piores.

DIFERENÇAS

Estados e municípios das regiões Sul e Sudeste investem mais em saneamento básico e se mantém no topo do ranking. Por outro lado, Norte e Nordeste investem menos e são os piores do país. “O natural seria que as piores cidades estivessem investindo mais, então esse fenômeno separa ainda mais o Brasil em poucas cidades caminhando para a universalização e muitas paralisadas. Preocupa também a queda nos investimentos públicos para saneamento básico, à medida que Governo Federal, Estados e municípios sofrem com problemas fiscais”, completa.

Na periferia da cidade, população vive cercada por doenças. (Foto: Wagner Santana/Diário do Pará)

TRATAMENTO DE ESGOTO AINDA É INEFICIENTE

De acordo com o Trata Brasil, o país joga cerca de 5,2 bilhões de metros cúbicos de esgoto na natureza todos os anos, volume que corresponde a cerca de 55% do total gerado. Somente 45% do esgoto produzido no país passa por tratamento. Entre as cidades com melhores índices de saneamento, se destacam municípios de São Paulo e Paraná.

No contexto mundial, o Brasil ocupa a 112ª posição num ranking de saneamento que engloba 200 países. A pontuação do país no Índice de Desenvolvimento do Saneamento - indicador que leva em consideração a cobertura por saneamento atual e sua evolução recente - foi de 0,581, inferior às médias da América do Norte e da Europa. O índice brasileiro também está abaixo do de países latino-americanos como Honduras (0,686) ou Argentina (0,667).

O estudo indica que a falta de saneamento básico nas cidades pode afetar a economia nacional por reduzir a produtividade do trabalhador, impactar o aprendizado de crianças e jovens, além de afastar o interesse turístico de regiões que sofrem com o despejo de esgoto e ausência de água encanada.

A pesquisa sugere que a queda na eficiência de trabalhadores e estudantes é causada por doenças provocadas pela ausência de saneamento, como as infecções gastrointestinais, que levam a diarreia e vômito – resultantes do consumo de água contaminada.

(Luiza Mello/Diário do Pará)

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