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Clube do Pesquisador Mirim, do Emílio Goeldi, já atendeu a cerca de 4 mil estudantes

Há 4 anos, quando os amigos Maria Vitória de Souza, 14 anos, e João Pedro Cruz, 12, chegaram ao Museu Paraense Emílio Goeldi para participar do “Clube do Pesquisador Mirim”, não imaginavam o quanto a experiência ia ser importante para eles. O conhecimento

Há 4 anos, quando os amigos Maria Vitória de Souza, 14 anos, e João Pedro Cruz, 12, chegaram ao Museu Paraense Emílio Goeldi para participar do “Clube do Pesquisador Mirim”, não imaginavam o quanto a experiência ia ser importante para eles. O conhecimento científico adquirido e o relacionamento em grupo ajudaram os estudantes a desenvolverem muitas habilidades.

“Aprendi muita coisa. Aqui não temos aulas no quadro. As aulas são livres e se aprende brincando. E, além de aprender sobre a Amazônia, também aprendi a trabalhar em grupo”, diz Maria, que pretende continuar no projeto este ano. Já João lembra que era um pouco tímido e foi no clube que aprendeu muito sobre educação ambiental e se desenvolveu além do que imaginava.

Ele, por exemplo, achava que a Amazônia era uma floresta que tinha frutas. “E percebi que não é assim. Que os animais que vivem lá são especiais, cada um tem sua característica própria, assim também como as populações indígenas e os ribeirinhos”, detalha. “Também perdi o medo de falar em público. Cheguei a apresentar um trabalho no auditório com 150 pessoas”, diz. “Também me ajudou na escola”, comemora.

Luiz Videira é o responsável por fundar o projeto (Foto: Maycon Nunes)

PARTICIPANTES

Os estudantes são dois entre 90 que participaram do clube no ano passado. O projeto começou em 1997 e já atendeu a cerca de 4 mil estudantes que cursam do 4º ano do ensino fundamental até o 1º ano do ensino médio.

Segundo Luiz Videira, biólogo, coordenador e fundador do projeto, o “Clube do Pesquisador Mirim” surgiu da ideia de criar uma ação educativa que envolvesse as crianças, para estimular a iniciação científica, sempre usando como base as pesquisas realizadas no Museu Emílio Goeldi.

Ao final do período de 1 ano da turma, os participantes elaboram trabalhos para tornar público o resultado das pesquisas realizada por eles. Em 2017 foram produzidos 5 materiais, entre eles, jogos autoexplicativos e conteúdos distribuídos para as crianças.

Maria e João produziram um kit denominado de “Alerta Amazônico”, representado em uma réplica de uma árvore apontando diversos problemas que ocorrem na Amazônia, como desmatamento, queimadas, tráfico de animais, entre outros. “Há crianças que passaram 7 anos no clube por que gostaram e sentiram a necessidade de continuar. Aqui, orientamos como ser um pesquisador e críticos. O clube forma pesquisadores mirins e também prepara para a vida”, afirma.

“Hoje, eu proporciono isso para as crianças e procuro deixar marcas positivas nelas”, comenta. Instrutor desde o início, do projeto, Alcemir Aires, 49, diz que faz grande diferença na vida dos estudantes o contato direto com a natureza, usar o parque zoobotânico como uma sala de aula viva, onde o aluno tem a oportunidade de conhecer um pouco da flora, fauna, do homem e da Amazônia. “E o retorno deles é o mais importante. Há pessoas que passaram por aqui que hoje estão fazendo mestrado e doutorado. Isso é gratificante. Ver que a semente que foi plantada está dando frutos”.

CLUBE

- Quando são incorporados ao clube, os estudantes participam de várias etapas, como a familiarização com a instituição, visitas e dinâmicas para conhecer as áreas de pesquisa do Goeldi, pesquisa de campo, observação, visitas técnicas, entre outras atividades.

- A partir da conclusão das pesquisas inicia-se a confecção dos materiais, que ficarão expostos na Biblioteca Clara Galvão para serem utilizados como recursos para a pesquisa escolar e em outras programações educativas do Museu Emílio Goeldi.

(Michelle Daniel/Diário do Pará)

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