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GERSON NOGUEIRA

Comparações cruéis

Comparações cruéis Há alguns anos, éramos reféns da ignorância e da desinformação. Refiro-me a futebol, obviamente – existem outras ignorâncias e desinformações que neste espaço não vêm ao caso. A janela para o mundo era limitada. Dependia-se de transmis

Comparações cruéis

Há alguns anos, éramos reféns da ignorância e da desinformação. Refiro-me a futebol, obviamente – existem outras ignorâncias e desinformações que neste espaço não vêm ao caso. A janela para o mundo era limitada. Dependia-se de transmissões de alguns campeonatos, pioneiramente o Italiano nas manhãs domingueiras da Band.

Depois, bem depois, com a entrada em cena dos canais a cabo e a avalanche informativa da internet, a coisa mudou de figura. Tornou-se um massacre diário, inverteu os papéis. Se antes os jogos nacionais e regionais eram dominantes, hoje a dominação está com as competições estrangeiras.

Donde se pode concluir que a grande rede formou um novo público torcedor e telespectador, capturou corações e mentes, criou novos nichos de aficionados. Surgiu até a figura, vista cada vez mais como natural, do torcedor fanático de clubes europeus. As camisas, bonés e adereços dos grandes clubes – franquias, na verdade – invadem e dominam o mundo, Brasil incluso, por óbvio.

O assunto é rico e exige ensaios mais aprofundados, mas uma pontinha desse imenso véu merece reflexão imediata.

Com a exposição maciça de partidas, gols e lances – em transmissões caprichadas e tecnologicamente impecáveis – disponibilizam uma nova realidade ao alcance da mão e do controle remoto de qualquer cidadão, oportunizando comparações quase sempre cruéis.

Nosso olhar ficou diferente desde que passamos a ter imagens em tempo real da evolução do futebol. Refiro-me particularmente à aristocracia da bola, formada hoje pelos grandes times que protagonizam a Liga dos Campeões da Europa.

É um desfilar quase diário de craques, estilistas e pensadores do jogo. Nunca houve tamanha janela ao alcance do voyeur futebolístico. Nunca as comunicações foram tão plenas.

Por isso, quando admiramos as façanhas de Cristiano Ronaldo, como a bicicleta de concepção e desenho perfeitos construída contra a boquiaberta linha de beques da Juve, anteontem, cabe reservar um naco de condescendência com os nossos modestos boleiros de cada dia, que ralam as canelas e se esfalfam na tentativa de satisfazer uma torcida que já vive com os olhos grudados na vitrine mundial.

Não deixa de ser incrivelmente cruel comparar formulações táticas de um Remo, de um Paissandu, de um Bragantino ou de um São Raimundo com a cabeça nos fulgurantes clássicos europeus, como Barça x Roma e Liverpool x Manchester City, disputados ontem. Oito gols em 180 minutos de bola rolando, e rolando com esmero e técnica, diversão e arte.

Pensava nisso ao ver Messi e seus companheiros triturando a marcação romanista, martelando em busca de gols. Trocava de canal e lá estava um Mané entortando a marcação e um egípcio encapetado fazendo estragos no planejamento defensivo de Pep Guardiola.

Em plena semana decisiva para o futebol paraense, é preciso lançar um olhar generoso em relação aos nossos heróis, muitas vezes vítimas tanto de suas limitações quanto da nossa visão entorpecida pelos encantos do primeiro mundo da bola. Ajustar o foco é o primeiro passo para não cometer injustiças e exageros comparativos.

Dupla Re-Pa empatada em vitórias consecutivos

No programa Linha de Passe de ontem, na Rádio Clube, apresentado por Carlos Gaia, um ouvinte de Castanhal mencionou que a sequência de quatro vitórias consecutivas do PSC sobre o Remo, no campeonato de 1992, permanecia inédita. Fez essa observação em fase da trinca de triunfos obtida pelo Leão no atual Parazão. Ao ser instado sobre a questão, concordei com ele, esquecendo que aquele feito alviceleste já foi igualado pelos remistas.

O amigo pesquisador e abnegado azulino Orlando Ruffeil veio em socorro do escriba de Baião, lembrando que em 1996 o Remo empreendeu também uma sequência de quatro vitórias. Venceu por 4 a 0 (gols de Ageu, 3, e Rogério Belém) no dia 31 de março de 1996. Em seguida, ganhou de 2 a 0 (Valter e Junior), no dia 25 de abril. O terceiro triunfo foi por 1 a 0, gol de Ageu, a 25 de maio daquele ano. Finalmente, a 5 de julho, Ageu e Rogério Belém marcaram os gols azulinos na vitória por 2 a 1.

Jornalista castanhalense comparou Fagner e Pikachu

Antonio Carlos Salles, jornalista natural de Castanhal, foi o autor do texto publicado no blog de Juca Kfouri na última segunda-feira, 02, lançando uma provocativa comparação de méritos entre Fagner e Pikachu. Na coluna, citei Kfouri e omiti Sales. Pela quantidade de comentários que o post provocou, fica claro que a questão – pelo menos entre torcedores – está longe de ter uma conclusão tranquila.

Corintianos reagem como corintianos e defendem o lateral que tem as bênçãos de Tite para ir à Copa do Mundo como reserva de Daniel Alves. Os demais torcedores criticam justamente o apadrinhamento de Fagner e tecem muitos elogios ao paraense formado nas categorias de base do Papão, aspecto que não pode deixar de ser bem considerado.

Direto do blog

“Passadas as encarnações de praxe, todo cuidado é pouco num campeonato em que um time que venceu 3 vezes o adversário, pode perder o título com uma única derrota para o tri-derrotado. Máxime quando passou a ter o empate como vantagem.

Afinal, como vai ser muito difícil, é preciso ficar atento, pois caso a oportunidade se apresente, não se pode deixar que ela escape, como aconteceu no ano passado, quando um minuto de desconcentração acabou impedindo que o título ficasse no Baenão.”

Antonio Oliveira, alertando Giva e seu grupo para as armadilhas da vantagem mínima no Re-Pa final

(Diário do Pará)

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