“Autismo, quem conhece, inclui!”. Esta foi o tema levado à Praça Batista Campos em Belém. Em uma caminhada de meia hora, familiares, amigos, pais e representantes de entidades sociais, disseram não ao preconceito e tentaram sensibilizar a população em geral sobre os principais desafios do autismo, principalmente na educação, no mercado de trabalho e na assistência à saúde.
A programação foi em alusão ao Dia Mundial de Conscientização do Autismo, comemorado hoje, dia 2 de abril. O evento também contou com estandes de informação de diversas entidades como a Universidade Federal do Pará (UFPA), ONGs e órgãos públicos, além de show e muita diversão. A organização estima que, ao menos, 4 mil pessoas levantaram a bandeira azul da inclusão.
Super Kaka: este é o apelido do pequeno Keleb, de 6 anos. E foi com a frase estampada no peito, que sua família acompanhou a caminhada. “Hoje não é só um evento, é um dia de luta a favor da inclusão dos autistas”, garante Ray Miranda, 33, mãe do garoto. A pedagoga se especializou em Educação Especial Inclusiva, para entender e ajudar na formação do seu filho. “O que as pessoas devem saber é que o autismo é uma condição, não tem cura. Mas, podemos sim, dar independência a eles”, explica.
“Hoje, nas escolas, os professores não estão preparados para atendê-los. Falta mais informação e pessoas capacitadas”, avalia Celiane Rodrigues Dias, 37. A pedagoga é mãe de Isabela, 6 anos. “Eles são capazes de aprender, de conviver. Mas, é preciso conhecimento, afeto e compressão de quem lida com o autista”, ressalta.
A Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu, desde 2008, o 2 de abril como o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. Maria Cristina Costa, idealizadora ONG AMORA (Atenção Multidisciplinar Orientação e Respeito para o Autismo), que promove o ato há 7 anos, aponta que há 11 mil crianças com a condição em Belém. “O momento é de amor. De incluir o autista e sua família. Eles precisam da atenção redobrada de todos”, conta.
(Roberta Paraense/Diário doPará)
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