Anúncio realizado pelo Ministério da Saúde recentemente poderá facilitar o acesso de pacientes a 10 modalidades de terapias conhecidas como integrativas ou complementares, já que passam a ser disponibilizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Fabricados a partir da essência de flores e destinados ao tratamento complementar de várias patologias, os florais são contemplados pela decisão.
A terapeuta floral Graciete Farias conta que não é possível desvincular essa terapia da ótica espiritual. A biomédica explica que, nessa área, acredita-se que as flores preservam a maior quantidade de energia divina. Por isso, suas essências têm a capacidade de produzir efeito não apenas no corpo físico, mas também no campo emocional, espiritual e em todas as camadas corpóreas que transcendem o corpo físico.
“Muitas vezes a doença está no emocional e recebe influência da mente e do espírito”, explica. “Essa é a grande diferença para o remédio tradicional, que só trata o físico”. Graciete explica que as essências florais são extraídas de diversas espécies de flores cultivadas sem agrotóxico. São pelo menos 89 essências concentradas disponíveis. “Toda extração é realizada de forma natural. As flores não passam por mecanismos elétricos ou máquinas de qualquer tipo”, destaca.
GOTAS
Ao paciente que faz o tratamento complementar com florais, a orientação repassada é de que a essência seja ingerida na forma de gotas, que, na maioria das vezes, devem ser diluídas em água. Graciete descreve o funcionamento dos florais a partir do exemplo de uma pessoa que passou a desenvolver quadros de crises hipertensivas.
Apesar de se tratar de uma patologia que afeta o corpo físico, muitas vezes a causa dos chamados ‘picos de pressão’ podem estar sendo ocasionados por questões emocionais ou comportamentais, como a perda do emprego, dificuldades financeiras ou problemas de relacionamento, por exemplo.
“A doença é um fenômeno físico e os remédios tradicionais vão tratar esses sintomas. Já com o auxílio da terapia se identifica o que levou até aquilo e se busca o equilíbrio através do floral”, compara. “Por meio do floral, você pode sair do estado que leva à exacerbação do emocional e, consequentemente, ao aumento da pressão”.
Graciete explica que as terapias florais passaram a ser chamadas de integrativas ou complementares justamente por poderem ser combinadas ao tratamento convencional.
A palavra ‘alternativa’ - como as terapias eram conhecidas anteriormente – passava a ideia de que a pessoa deveria escolher entre o tratamento convencional e o floral, mas a terapeuta aponta que isso não é necessário. “As práticas de recuperação por florais não excluem o atendimento da medicina convencional”, diz. “É possível associar o floral ao medicamento convencional.”
A combinação entre a medicina e os florais foi adotada pela funcionária pública Rita Maria dos Santos. (Foto: Ricardo Amanajás/Diário do Pará)
PARA ENTENDER
Apesar desta terapia ser complementar à medicina convencional – e não excludente -, o Conselho Federal de Medicina manifestou posição contrária à medida do Ministério da Saúde. Entre as justificativas está a de que “tais práticas alternativas não apresentam resultados e eficácia comprovados cientificamente”.
Segundo o Ministério da Saúde, os tratamentos complementares incluídos no SUS “utilizam recursos terapêuticos, baseados em conhecimentos tradicionais, voltados para curar e prevenir diversas doenças”.
As terapias incluídas foram a apiterapia, aromaterapia, bioenergética, constelação familiar, cromoterapia, geoterapia, hipnoterapia, imposição de mãos, ozonioterapia e florais.
(Cintia Magno/Diário do Pará)
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