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De acordo com dados do IBGE, dinheiro do paraense pode não sobrar nem para comer

O estado do Pará está em 20º lugar no ranking mais recente divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a renda média do trabalhador brasileiro nos 27 estados. De acordo com a pesquisa do IBGE, referente ao primeiro trimestr

O estado do Pará está em 20º lugar no ranking mais recente divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a renda média do trabalhador brasileiro nos 27 estados. De acordo com a pesquisa do IBGE, referente ao primeiro trimestre do ano passado, a renda média do paraense é de R$ 1.373 mensais. O Maranhão é o estado com a pior renda média do país, com cada trabalhador ganhando uma média de R$ 1.047.

Considerando os dados da pesquisa, o cidadão paraense que está dentro desta estatística está sujeito a passar fome, já que de acordo com os últimos dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), atualmente apenas a cesta básica para alimentar uma família considerada padrão - formada por dois adultos e duas crianças - está custando R$ 1.100,97, isso considerando que essas pessoas não consumam carne bovina ou de frango, por exemplo, itens não inclusos na cesta. Segundo o Dieese, o salário minímo ideal para este trabalhador sustentar sua família seria de R$ 3.731,39 – ou 3,98 vezes o piso vigente.

O trabalhador de renda média viu a situação ficar ainda pior com o aumento da passagem para R$ 3,30 neste ano. Contando que este trabalhador apanhe dois ônibus por dia, durante 26 dias, ele gastará mais de R$ 170.

DINHEIRO DIMINUI, VIOLÊNCIA CRESCE

Baseado nos próprios dados nacionais é possível dizer que o trabalhador paraense que tenha que sustentar uma família sozinho com apenas uma cesta básica e tomando dois ônibus por dia, ficará com um saldo negativo de R$ 223,97, e sem contar com as despesas com eletricidade e água, além de IPTU, que sofreram reajustes consideráveis nos últimos anos.

Do ponto de vista social, esta situação inevitavelmente contribui para o alarmante aumento da violência no estado. Junto com a pobreza, Belém alcançou patamares inéditos em insegurança, e hoje é a décima cidade mais violenta do planeta, de acordo com os últimos dados divulgados pela ONG mexicana Seguridad, Justicia y Paz (Conselho Cidadão para a Segurança Pública e Justiça Penal).

Em 2016 o mesmo estudo posicionava a capital paraense na 23ª posição, uma diferença de 13 posições em um ano.

CRIANÇAS COM FUTURO PERDIDO

A escalada da violência e da pobreza, junto com a ausência de um poder público que priorize a luta contra a pobreza, o futuro de milhares de crianças acaba perdido.

O Pará tem o maior número de crianças vivendo em situação de extrema pobreza dos estados da região Norte. Os dados foram divulgados no ano passado pela Fundação Abrinq, e aponta que, somente no Pará, cerca de 428 mil crianças, entre 0 e 14 anos, vivem nesta condição.

O Pará também é campeão do Norte em índices de desnutrição e trabalho infantil.

O documento que reúne indicadores da situação das crianças e adolescentes em todo o Brasil utilizou dados de fontes como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números se referem aos anos de 2015 e 2016.

(Igor Wilsom/DOL)

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