Mesmo inacabada, obra do BRT já está se deteriorando

Há quase um mês, o DIÁRIO denunciou as péssimas condições da via expressa na avenida Almirante Barroso, que, mesmo inacabada, já está deteriorada pelo tempo e falta de manutenção da prefeitura. Ontem (1º), ao checar a fase que estaria concluída na via– uma das principais da cidade – a reportagem se deparou com o mesmo o cenário: crateras na pista exclusiva, estações sem funcionamento e cercas quebradas. Até o momento nenhum serviço de reparos e manutenção foi realizado.

Enquanto isso, as crateras formadas por causa do forte impacto recebido pelos veículos vão aumentando e causando ainda mais desgastes no concreto. O problema é encontrado em vários trechos, como no Entroncamento, perto do elevado, sentido São Brás – Icoaraci, e próximo ao cruzamento com a avenida Júlio César, sentido Entroncamento – São Brás.

Ao contrário da informação da Prefeitura de Belém de que os terminais do Mangueirão até São Brás estariam funcionando, a reportagem constatou que apenas os terminais da Júlio César estão abertos ao público. Os demais permanecem fechados. E grande parte das cercas que dividem a via expressa da avenida continua danificada, com trechos longos sem a proteção.

Mesmo em plena luz do dia, as luminárias externas de algumas estações estão ligadas, mais um desperdício. Além disso, todas as estações estão pichadas. “Uma obra caríssima e que não vemos nenhuma utilidade. O tempo vai passando, o que foi feito vai se perdendo e o dinheiro, indo embora. A gente vive no sofrimento por causa do descaso”, avalia Moacir Cabral, de 63 anos, aposentado.

Em nota, a Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Urbanismo (Seurb), informou que já notificou a empresa responsável pela obra para fazer os reparos necessários. “A prefeitura aguarda definição da empresa sobre data de início dos serviços”.

Com relação às estações, elas passarão a funcionar quando a parte de sistema e T.I. forem entregues pela Companhia de Tecnologia da Informação de Belém (Cinbesa).

(Michelle Daniel/Diário do Pará)