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Avião caiu ou não caiu? É hora de falarmos sobre fake news

A falsa notícia da queda de um avião da compamhia Azul na cidade de São Félix do Xingu, sudeste paraense, na noite da última quarta-feira (21) gerou pânico na internet e redes sociais, virou pauta em inúmeras redações e conversas, acelerou o tráfego de áu

A falsa notícia da queda de um avião da compamhia Azul na cidade de São Félix do Xingu, sudeste paraense, na noite da última quarta-feira (21) gerou pânico na internet e redes sociais, virou pauta em inúmeras redações e conversas, acelerou o tráfego de áudios com informações que, até o momento, não foram confirmadas e pelo jeito nem serão. Diante deste exemplo e de tantos outros, caro leitor, é hora de falarmos de duas expressões que você ouvirá bastante ao longo deste ano: fake news (ou simplesmente notícias falsas) e pós-verdade.

O compartilhamento deste tipo de conteúdo é cada vez mais potencializado nas redes sociais. Sites ou mesmo áreas específicas de portais de notícias veiculam notícias que nem sempre são de fato verdadeiras, mas atendem a algum interesse ou mesmo à imaginação e fantasia do público.

Aqui mesmo no DOL você já leu, por exemplo, sobre uma professora colombiana que ficou famosa por assediar um aluno e ofertar boas notas em troca de sexo. A história, mesmo não sendo verdadeira, fazem parte de tendência mais de entretenimento no jornalismo que é a de publicar alguns conteúdos "fantasiosos", por vezes, mas que atraem a sua curiosidade e imaginação. Tudo isto, no entanto, sempre fica em uma área específica, como, aqui, na categoria "Tuédoidé". Todos grandes portais brasileiros de notícia possuem uma área específica para isto.

Nas redes sociais, você mesmo, por pressa ou desatenção, já deve ter compartilhado algum conteúdo acreditando que era correto e real e depois sim se deu conta ou foi alertado por alguém que aquele texto, “na verdade, não era verdade”. É justamente isto que se chama "pós-verdade".

O conceito, criado em outubro de 2016, é formado por “circunstâncias pelas quais os fatos objetivos influenciam menos na formação da opinião pública do que os apelos à emoção e à crença pessoal”. Ou seja: há inúmeros conteúdos veiculados com diferentes versões dos fatos e você negocia seu significado, de acordo com seu interesse: ora acredita naquilo porque pode ser usado ao seu favor, ora despreza e/ou diminui a importância aquele portal, repórter ou responsável pelo texto. Em poucas palavras: dentre inúmeros conteúdos, escolhe-se em qual e quando acreditar.

Com a grande profusão de conteúdos, a situação tende a continuar complexa. Apesar dos esforços do Facebook e outras grandes empresas de Comunicação, o balanço é contundente: em 2017, as chamadas fake news – ou simplesmente notícias falsas – aumentaram na rede de Mark Zuckerberg, a mesma que deve ter encaminhado você a este post e na qual você recebe diariamente inúmeros conteúdos – e pode lê-los ou não, decidir se são dignos de confiança ou estão longe disto.

De acordo com uma pesquisa do BuzzSumo, do BuzzFeed, as 50 principais notícias falsas de 2017 tiveram cerca de 3,5 milhões de compartilhamentos – imagine o número de prints destes conteúdos que foram “disparados” por aí… -, mais que o dobro do que ocorreu em 2016, quando os números alcançaram cerca de 1,5 milhão. Ou seja: não adiantaram muitos os esforços anunciados em 2016 para combatê-las, ainda que hajam propostas de lei para isto.

Este panorama deve ser intensificado este ano com a chegada das eleições. Com o acirramento de ideologias partidárias e pessoais, o número de notícias falsas, inevitavelmente, irá crescer, potencializado pelos objetivos “de campanha” – não à toa as terminologias bélicas são facilmente empregadas… – como também pela maior facilidade de acesso e criação de conteúdos e as plataformas para veiculá-los; notadamente blogs, perfis em redes sociais e sites.

A disputa nas discussões provavelmente passará longe de ideias e propostas. Terão destaque informações (verídicas?) sobre a vida pregressa dos candidatos, frases atribuídas a eles, fotos, montagens (em imagens, áudios e vídeos) com conteúdos “bombásticos’ que poderão retirar ou garantir votos. Para isto, é bom saber como se prevenir e evitar cair nas armadilhas.

Como descobrir notícias falsas

1. URL modificadas ou sites com ícones e nomes muito parecidos: na pressa, muitas vezes olhamos os links e, pela similaridade ao que estamos acostumados, atribuímos confiança ao veículo, que foi feito para parecer um “real”. Exemplos: “DOL” virar “D0L” ou "doI"; “folha.uol.com” se tornar “folhadespaulo.com.br”.

2. Atenção ao título! Não há, em geral, em nenhum portal, títulos grandes, com mais de 100 caracteres. Quando um título for “explicativo” demais, desconfie (vide a manchete falsa sobre o apoio da Lei Rouanet a Pablo Vittar). Além disso, fique atento à fonte (letra) utilizada. Se for diferente da do restante do site ou mesmo um print em que ela não seja tão clara, desconfie.

Vale a pena relembrar: 'Corrente' que afirma que Pablo Vittar receberá R$5 mi da Lei Rouanet é falsa.

3. Grandes portais são importantes: Se a notícia chamar sua atenção por ser muito incomum, violenta ou mesmo exagerada, pesquise a mesma em grandes portais de notícias (basta ‘jogar’ no Google algumas palavras-chave e o nome da veículo). Se foi notícia em algum local, deve ser neles também. Apesar dos pesares, quanto mais fontes para “filtrar” uma informação, melhor.

4. Erros demais: Errar no webjornalismo não é algo raro nem tão condenável, sejamos honestos. A pressa e diversas situações vividas em uma redação explicam (justificam?) isto facilmente. No entanto, quando “errinhos de digitação” passam a ser constantes ou mesmo são em sequência, temos um problema e, muito provavelmente, alguém por trás sem a devida preparação querendo apresentar uma informação falsa.

5. Pesquise no Twitter: sim, apesar de ser o reino da zueira ou mesmo uma “terra sem ninguém”, lá você pode encontrar mais facilmente outras fontes sobre determinado conteúdo e mesmo alguém pode informar logo se aquilo procede ou não. Basta ir na área de busca e pesquisar por algumas das palavras-chave de uma matéria.

6. Prints são perigosos! Tidos como verdadeiros por “capturarem a tela” de uma conversa ou site, os registros podem ser facilmente adaptados ou forjados. Com isso, facilmente podem ser veiculados sem, a priori, a menor confirmação de veracidade ou não. Quando uma possível notícia for compartilhada só por prints, desconfie logo e pesquise seu título em algum buscador. Aí sim você poderá saber se ela procede ou não, observando a fonte e a abordagem tomada.

7. Consulte sites especializados em esclarecer notícias falsas: destaco o E-farsas e o Boatos.org, que, além de servirem como entretenimento, colaboram também para evitar que notícias sejam veiculadas e mesmo ganhem status de conteúdo “reais".

(Enderson Oliveira/DOL)

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