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Empresário é suspeito de fraudar R$ 1 milhão do cadastro rural

Cerca de R$ 1 milhão foi roubado dos cofres públicos do Pará durante 1 ano de fraude na inserção de dados do programa de cadastro rural. O acusado é o proprietário de uma empresa de terraplenagem que venceu a licitação do estado e percebeu a oportunidade

Cerca de R$ 1 milhão foi roubado dos cofres públicos do Pará durante 1 ano de fraude na inserção de dados do programa de cadastro rural. O acusado é o proprietário de uma empresa de terraplenagem que venceu a licitação do estado e percebeu a oportunidade de aplicar o golpe nos cofres públicos. Wirllen Bitencourt da Silva, 35 anos, está preso e à disposição da Justiça.

O programa de Cadastro Ambiental Rural (CAR) foi criado em 2012 para beneficiar com créditos florestais os produtores rurais do Estado. É um registro público eletrônico de âmbito nacional, obrigatório para todos os imóveis rurais, que nasceu para integrar informações ambientais das propriedades e posses rurais, e, assim, servir de base de dados para controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico. No Pará, o processo é administrado pela Secretaria de Estado de Meio-Ambiente e Sustentabilidade (Semas).

Para coletar esses dados e realizar os cadastros, o Governo abre uma convocação para empresas se candidatarem. A Pilar - Terraplenagem, locações e serviço Ltda - é uma das corporações que ganharam essa licitação. Com nome fantasia “Plantop”, a empresa, segundo as investigações, fazia o cadastro de produtores rurais em diversos municípios, mas o proprietário, Wirllen Bitencourt, teria percebido a chance de lucrar ilicitamente em cima de uma falha do sistema. Foi o que informou o delegado Luís Xavier, da Divisão Especializada em Meio Ambiente (Dema) da Polícia Civil, responsável pela operação.

COMO FUNCIONAVA

Segundo o delegado, o empresário alterava data de nascimento e nome da mãe de alguns produtores rurais legítimos que já tinham feito o cadastro e colocava no sistema como se fossem novos cadastros. A empresa licitada recebe o pagamento referente a cada quilômetro de terreno cadastrado, o que fez com que se chegasse ao rombo exorbitante de R$ 1 milhão. “Quem tinha seus dados alterados por ele acabava enfrentando problemas em bancos, por exemplo, para pedir empréstimo, e, então, contatava a polícia. E foi assim que começamos a investigar”, explica o delegado. Assim que se chegou à suspeita de que Wirllen estava praticando a fraude, o contrato com o Governo do Estado foi suspenso e ele parou de receber.

Agora, com provas em mãos e mandados de Justiça expedidos, a Dema conseguiu prender o empresário em Belém e ainda apreender diversos documentos que podem auxiliar na investigação, que estavam não apenas com ele mas também com ex-funcionários da empresa, nos municípios de Santa Izabel do Pará e Marituba.

DADOS FALSOS

Wirllen agora responderá por, pelo menos, o crime de inserção de dados falsos, podendo ser descobertos outros delitos no decorrer das investigações. “Não descartamos a possibilidade de ter mais pessoas envolvidas com o crime e mais pessoas que tiveram seus dados alterados, além de mais dinheiro obtido com a fraude”, reitera o delegado Xavier.

A operação da Dema foi intitulada “Zaqueu”, em referência ao personagem bíblico que era o responsável pela coleta de impostos em Jericó e que era odiado pelos judeus por ser considerado um traidor que trabalhava para o Império Romano.

(Alice Martins Morais/Diário do Pará)

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