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Antigo prédio da Defensoria Pública vira abrigo de assaltantes e viciados

O prédio onde funcionava um núcleo da Defensoria Pública do Estado do Pará (DPE), no bairro da Marambaia, em Belém, está totalmente abandonado. Do lado de fora, mato alto e poças d’água cercam a unidade, o que torna quase impossível percorrer o caminho pa

O prédio onde funcionava um núcleo da Defensoria Pública do Estado do Pará (DPE), no bairro da Marambaia, em Belém, está totalmente abandonado. Do lado de fora, mato alto e poças d’água cercam a unidade, o que torna quase impossível percorrer o caminho para acessar o local. Até rato morto e filhotes de gatos são encontrados nesse espaço.

No interior do pavimento, a sujeira domina. Entre os documentos, é possível ver fezes de bichos que se misturam entre documentos e pastas espalhadas, além de baganas de cigarro e preservativos usados e descartados ali mesmo.

FINALIDADE

É amplo e de grande importância o papel da Defensoria Pública. Sua missão é primordial na garantia dos direitos individuais e coletivos da população carente. No entanto, no Pará, onde não se respeitam os direitos da população de baixa renda, um espaço desse é construído com dinheiro público e passa anos fechado.

Há tanto tempo esquecido e desativado pelo Estado, a população não se lembra mais da utilidade do imóvel e dos serviços oferecidos naquela unidade. A assessoria de comunicação da DPE, em nota, informa que o local atendia unicamente a área de direito de família. Diz ainda que o fechamento do espaço ocorreu porque basicamente não possuía volume de atendimentos que justificasse custear toda aquela estrutura e que o prazo entre o agendamento e o atendimento era demorado, ocorrendo num período de seis meses.

Porém, para a população que vive as mazelas sociais na Marambaia, a situação do abandono desse núcleo causa preocupação e insegurança, como explica o vigilante Israel Soares, 40. “Isso aqui é um desastre total para nós, moradores. Se não justifica a construção de um espaço tão grande como esse, por que gastaram dinheiro público para fazer isso? Agora a gente passa por aqui com medo de ser assaltado”, diz o morador.

Na opinião do autônomo, Jorge Santos, 60, se tivesse sido bem utilizado, o prédio estaria bem localizado geograficamente para as demandas para as quais foi construído, já que fica atrás da Seccional Urbana da Marambaia e de um centro de recuperação de menores infratores. O mais contraditório do endereço é que, apesar de estar cercado por uma pretensa segurança policial, os moradores relatam receio de assaltos e de consumo de drogas nessa redondeza.

Próximo ao prédio existe uma passagem bem estreita por onde os moradores atravessam para suas residências. Há horários, porém, que ninguém se permite andar por ali, como conta a vendedora Maria José Ferreira, 62. “Tem gente que pula o muro onde tem infratores e fica lá dentro, talvez usando drogas. A polícia vem aqui, manda eles irem embora, mas depois eles voltam. Quando dá certas horas, ou na chuva, a gente não passa com medo de ser assaltado”, diz Maria Ferreira.

A reportagem procurou a Polícia Militar, mas até o fechamento desta edição não obteve resposta.

(Wal Sarges)

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