Médico dá dicas de como evitar infecção alimentares

Precauções básicas, como preparar os alimentos de forma correta e o simples hábito de lavar as mãos, podem ajudar a se prevenir contra alimentos contaminados. Alguns dos casos clínicos mais comuns nos atendimentos das emergências e dos ambulatórios, são os casos de infecções alimentares, principalmente, nesta época do ano, carnaval, quando a qualidade e procedência dos alimentos, é uma das últimas coisas a passar pela cabeça dos foliões.

Segundo o clínico geral Paulo A. Sampaio, do Hapvida Saúde, geralmente infecções alimentares ocorrem de forma mais comum após o consumo de alimentos ou bebidas contaminadas com micróbios causadores de doenças, que entram no organismo por meio do trato intestinal, ou patógenos, o que inclui aí, uma variedade de bactérias, vírus e parasitas.“Muitos micróbios podem se espalhar de mais de uma forma, de modo que não é possível sempre saber se a doença foi de origem alimentar. Essa distinção é importante, uma vez que, as autoridades públicas precisam saber como uma doença está se espalhando, para tomar as medidas apropriadas, a fim de combatê-la. E os sintomas mais comuns para a maioria dos casos são: náuseas, vômitos, cólica abdominal e diarreia”, informa Sampaio.

As infecções alimentares mais comuns são aquelas causadas pelas bactérias Campylobacter, E. coli O157:H7 e Salmonella, e também por um grupo de vírus chamado calicivirus. Campylobacter é uma bactéria patogênica, que causa febre, diarréia e dor abdominal. É a bactéria mais comumente idenficada como causa de diarréia no mundo. Ela vive no intestino de pássaros saudáveis e a maioria das carnes de frango cruas têm a Campylobacter. Comer frango sem cozinhá-lo é a causa mais comum dessa infecção.

A Salmonella também é uma bactéria que vive no intestino de pássaros, répteis e mamíferos. E pode infectar humanos por vários tipos diferentes de alimentos de origem animal. A doença tipicamente inclui febre, diarreia e dor abdominal. Se a pessoa tiver o sistema imunológico fraco, a bactéria pode invadir a corrente sanguínea e causar infecção que precisa de tratamento por toda a vida.

Já a E. coli O157:H7 é uma bactéria patogênica que tem como hospedeiros gado e animais similares. A infecção em humanos geralmente segue-se ao consumo de alimentos ou água que foi contaminada com quantidades microscópicas de fezes de gado. Os sintomas da doença causada pela E. coli O157:H7 geralmente são diarréia grave com sangue e cólicas abdominais fortes, sem muita febre.

"Não fique surpreso se o médico não receitar antibióticos. Muitos casos de diarreia causados por vírus melhorarão em 2 ou 3 dias sem antibióticos. De fato, antibióticos não têm efeito em vírus e podem causar mais mal do que bem se usados sem necessidade. Outros tratamentos podem aliviar os sintomas e lavar as mãos cuidadosamente pode prevenir que a infecção se espalhe para outras pessoas. E é fundamental que você procure um médico sempre que a diarreia vier acompanhada de febre alta, sangue nas fezes, vômito prolongado que impeça de manter os líquidos ingeridos, sinais de desidratação ou quando a diarreia durar mais de 3 dias”, ressalta o Dr. Paulo A. Sampaio.

(Com informações do Hapvida Saúde)