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DIÁRIO traz a série 'Casarões', com a história de importantes espaços arquitetônicos

A capital paraense completou 402 anos e, ao longo das décadas, passou por diversas transformações. Uma delas é na arquitetura da cidade. Ao circular pelo centro da capital paraense é possível contemplar imponentes registros históricos como os casarões que

A capital paraense completou 402 anos e, ao longo das décadas, passou por diversas transformações. Uma delas é na arquitetura da cidade. Ao circular pelo centro da capital paraense é possível contemplar imponentes registros históricos como os casarões que remontam aos áureos períodos de desenvolvimento econômico de Belém. Com patrocínio da Faculdade Integrada Brasil Amazônia (Fibra), o projeto intitulado “Série Casarões - Belém 402 anos” irá resgatar essa memória. Os leitores do DIÁRIO serão presenteados nos dias 28, 29, 30 e 31, com matérias exclusivas sobre a história e materiais para a confecção de réplicas em miniatura de quatro casarões.

A segunda maquete será do Palacete Bolonha (Foto: Ricardo Aamanajás)

Os monumentos escolhidos são os palácios Lauro Sodré e Antônio Lemos, Palacete Pinho e Palacete Bolonha. As peças são acompanhadas de instruções de fácil entendimento, permitindo a qualquer pessoa montar cada maquete sem dificuldade e assim guardar um pouco da nossa história em sua casa. Desde 2009, o DIÁRIO passou a debruçar-se sobre projetos para oferecer ao leitor conteúdos interessantes que vão muito além da notícia do dia a dia. gerente comercial do DIÁRIO, Nilton Lobato, ressalta que a iniciativa do jornal tem como intuito levar entretenimento, cultura e fatos históricos de Belém e do Pará. Em 2012, por exemplo, foi lançado a “Era do Ferro” que tratou acerca da memória das edificações de ferro erguidas durante a Belle Époque ou Ciclo da Borracha na Amazônia, e também traziam miniaturas para montagem.

“Estaremos brindando mais uma vez os 402 anos de Belém, resgatando a cultura, despertando a educação da população para a história e mostrando a origem desses casarões, o que aconteceram neles, e como eles estão atualmente”, diz Lobato. Arquitetos, designers gráficos e artistas plásticos deram contribuições ao projeto. Inclusive, pelo menos 20 instituições de ensino, municipais e estaduais, serão contempladas por oficinas ministradas por monitores habilitados.

Escolhidos pelo Grupo Rede Brasil Amazônia de Comunicação (RBA), os profissionais têm a missão de contar a história de cada casarão e, ainda, montar as maquetes juntamente com os estudantes. Para o gerente de Marketing do Grupo RBA, Hamilton Pinheiro, o projeto comemorativo ao aniversário de Belém é uma forma da empresa parabenizar a cidade. “O projeto tem muito a acrescentar na cultura, história e no dia a dia da população”, avalia.

HISTÓRIA

Consultor do projeto e parceiro veterano do Grupo, o artista plástico Armando Sobral explica que Belém é um dos sítios históricos importantes do Brasil, pois, segundo ele, “poucas capitais do Brasil carregam arquitetura tão significativa para a história brasileira”. Além disso, a iniciativa do DIÁRIO traz dois dos principais períodos de Belém: Colonial - século XIX - e Ciclo da Borracha – primeira metade do século XX, que transformaram a cidade. “Isso através de um produto ativo, lúdico e com características regionais, e que descortina a história da própria identidade de Belém. Também dá à população subsídio político e estímulo para a preservação do patrimônio histórico da cidade”, avalia. O projeto tem o patrocínio da Faculdade Integrada Brasil Amazônia (Fibra).

PROJETO “CASARÕES HISTÓRICOS DE BELÉM - 402 ANOS”:

DATAS E INFORMAÇÕES

- Dia 28/01 - Palacete Pinho
- Dia 29/01 - Palacete Bolonha
- Dia 30/01 - Palácio Lauro Sodré
- Dia 31/01 - Palácio Antônio Lemos

- O encarte especial descritivo terá formato tabloide de 4 páginas. Dentro dele terão 2 lâminas de montagem, encarte especial com descritivo sobre o casarão;

- As maquetes terão tamanho de 32 cm de largura por 45 de altura.

OS CASARÕES

Palacete Pinho (Foto: Octávio Cardoso)

- PALACETE PINHO

No auge da Belle Époque, foi erguido no núcleo urbano da cidade, compreendido atualmente pelo bairro da Cidade Velha, em Belém, o suntuoso Palacete Pinho. Projetado pelo engenheiro Camilo de Amorim, o casarão foi construído no ano de 1897, a pedido do proprietário, o comendador Antônio José de Pinho, um abastado comerciante de borracha. Com uma arquitetura moderna e eclética, o casarão representava o ápice da economia da Amazônia durante o Ciclo da Borracha.

De acordo com o mestre em História Social da Amazônia e coordenador do curso de História de uma universidade particular em Belém, Diego Pereira o casarão pertenceu à família do comendador Antônio José de Pinho até o ano de 1970. Posteriormente foi comprado, na década de 80, por uma rede de supermercados.

O Palacete foi tombado no ano de 1986 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), passando a ser de responsabilidade da administração pública. Mas, apesar de ter passado por uma revitalização entre os anos de 2003 a 2011, hoje o casarão encontra-se em um estado de depredação do patrimônio.

Localização: Rua Doutor Assis, 586 - Cidade Velha.

Palacete Bolonha (Foto: Wagner Santana)

- PALACETE BOLONHA

Com o início da construção datada no ano de 1905 e término em 1915, o Palacete Bolonha está inserido no contexto da abastada Época da Borracha. Trata-se de um registro histórico e icônico do período no qual Belém vivenciou o seu auge econômico, a Belle Époque. Situado na avenida Governador José Malcher, bairro de Nazaré, o casarão foi projetado pelo engenheiro paraense e proprietário do imóvel, Francisco Bolonha.

Com uma arquitetura eclética, ou seja, uma mistura de estilos inspirados no ecletismo europeu, o imóvel foi edificado com um porão, quatro pavimentos e um sótão, conforme explicou a mestra em Arquitetura e professora de uma universidade particular de Belém, Ana Cristina Lopes Braga.

Hoje o imóvel pertence à administração municipal e existe um projeto de restauro do imóvel em curso.

Localização: Av. Gov. José Malcher, nº 295, bairro de Nazaré.

Palácio Lauro Sodré (Foto: Thiago Araújo/Arquivo)

- PALÁCIO LAURO SODRÉ

Inaugurado no ano de 1772 pelo administrador colonial português João Pereira Caldas, o Palácio Lauro Sodré remonta o século XVIII. É obra do arquiteto italiano Antônio Landi, sendo uma das maiores obras de construção civil daquele período. Chamado de “Palácio Azul”, o casarão foi pensando para ser sede do governo português, onde funcionou o Palácio dos Governadores desde sua fundação até virar museu no final do século XX. Com dois pavimentos, o casarão foi erguido no estilo clássico italiano.

O Palácio Lauro Sodré foi transformado em museu em 1994, pelo ato do Governador Jader Barbalho, e segue em funcionamento como Museu do Estado do Pará (MEP), conforme explicou o professor e historiador Michel Pinho. “Abriga as mais diversas formas de manifestações artísticas que vão desde exposições de artes visuais até a projeção videomapping na sua fachada”, reforça Pinho.

Localização: Praça D. Pedro II, s/n, bairro Cidade Velha, Belém.

Palácio Antônio Lemos (Foto: Ricardo Amanajás)

- PALÁCIO ANTÔNIO LEMOS

Idealizado pelo projetista José Coelho da Gama Abreu, a construção do Palácio Antônio Lemos foi longa, tendo início em 1860 com a inauguração somente em 1883. Desde a sua criação, o Palácio foi construído para abrigar a Intendência de Belém – antigo termo atribuído ao espaço físico da administração municipal. Hoje continua sendo a sede da Prefeitura de Belém. A edificação foi projetada com um estilo eclético europeu.

A edificação homenageia o ex-intendente de Belém, o maranhense Antônio Lemos, que permaneceu no cargo entre 1897 e 1912. Segundo Pinho, o ecletismo vem das influências francesas do século XIX e também dos prédios da corte Imperial no Rio de Janeiro.

Localização: Praça Dom Pedro II, s/n, bairro Cidade Velha, em Belém.

(Pryscila Soares e Michelle Daniel/Diário do Pará)

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