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Presos, diretores do aterro sanitário de Marituba já estão em Belém

Representantes do Ministério Público do Estado (MPPA) e a Polícia Civil estiveram reunidos nesta quinta-feira (7) para apresentar informações sobre a operação Gamacho, realizada para investigar a prática de crimes ambientais sobre o Aterro Sanitário de Ma

Representantes do Ministério Público do Estado (MPPA) e a Polícia Civil estiveram reunidos nesta quinta-feira (7) para apresentar informações sobre a operação Gamacho, realizada para investigar a prática de crimes ambientais sobre o Aterro Sanitário de Marituba, região metropolitana de Belém.

Com as investigações iniciadas em março deste ano, o inquérito apontou diversas irregularidades sobre o local, onde o chorume (líquido poluente) era despejado no solo, sem impermeabilização e que prejudica diretamente um dos igarapés próximos ao local.

Além disso, as autoridades ouviram a população da cidade de Marituba, que sofre com o alto índice de poluição. Para se ter ideia, o número de doenças triplicou no município após os problemas envolvendo a poluição no Aterro Sanitário.

"A poluição atmosférica e hídrica são os principais problemas encontrados, inclusive este pode até afetar a cidade de Belém, por conta do igarapé Pau Grande, além do forte odor encontrado durante as visitas e isso incomoda bastante os moradores", explicou a delegada Juliana Cavalcante.

Para a promotoria do Ministério Público, outras irregularidades foram encontradas e serão investigadas pelo poder público. "Existem denúncias criminais e o inquérito será analisado depois de concluído para que os responsáveis sejam denunciados e pagarão com as penalidades previstas em lei", diz a promotora do Meio Ambiente de Marituba, Marcela Melo.

Para a Procuradoria Geral, o dano causado é muito grande e preocupa as autoridades. “Um projeto que era para ser um aterro sanitário se tornou um segundo lixão e o que me chamou atenção foi à forma irresponsável que a empresa impôs sobre a comunidade. Total desrespeito e descaso com a prática deste crime”, explicou o Procurador Geral de Justiça, Gilberto Martins.

Com a operação foram realizados mandados de busca e apreensão, condução coercitiva e prisão preventiva. Até agora, três membros da empresa responsável pelo aterro sanitário foram presos e já estão na capital paraense, aguardando o posicionamento da justiça.

Em nota, a empresa responsável sobre o aterro de Marituba se posicionou sobre o assunto.

A Guamá foi surpreendida com a deflagração da Operação Gramacho, já que vem colaborando com as autoridades do estado sempre que é demandada. Além disso, a empresa atua sob fiscalização permanente da Semas desde o início das suas atividades e, desde abril opera em um modelo de cogestão com interventores nomeados pelo Poder Judiciário que atuam dentro do aterro.

Vale ressaltar que o aterro sanitário de Marituba foi construído seguindo normas específicas para esse tipo de engenharia, possui todas as autorizações da Semas e é a alternativa tecnológica mais usada no mundo para disposição final de resíduos sólidos urbanos. Após um investimento de R$ 20 milhões feito este ano pela Guamá, o empreendimento está operando dentro do padrão de excelência e em conformidade com as melhores práticas do setor. Além disso, o aterro é um avanço para a região metropolitana de Belém, pois representa o encerramento do lixão do Aurá, um depósito de lixo a céu aberto que contamina o meio ambiente e compromete a saúde humana.

Nesse momento, por não conhecer o inquérito, a Guamá não pode comentar as acusações imputadas à empresa.

A empresa ainda se posicionou sobre o tratamento de chorume na área.

A empresa mantém em operação sistemas de tratamento de chorume, com conhecimento e autorização do órgão ambiental e o seu tratamento faz parte da operação normal do aterro. Portanto, não há fundamento na justificativa de bloqueio de recursos com esta finalidade, como divulgado pela imprensa.

Além disso, em abril, a empresa duplicou a capacidade de tratamento com a instalação de uma segunda unidade da tecnologia chamada osmose reversa, uma das melhores e mais modernas do mundo. No mês passado, após a autorização da Semas, a Guamá instalou um módulo de teste de um sistema complementar que pode ampliar a capacidade diária de tratamento de chorume para cerca de 800 mil litros por dia.

A empresa alerta, ainda, que o bloqueio desses recursos pela justiça vai impactar negativamente a operação das atividades de tratamento de resíduos sólidos, causando prejuízo à sociedade e atingindo diretamente mais de 19 mil famílias em todo o Brasil. Diante de um cenário de inadimplência das prefeituras, os recursos da empresa são essenciais para manter a operação e o serviço.

(Diego Beckman/DOL)

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