plus

Edição do dia

Leia a edição completa grátis
Previsão do Tempo 25°
cotação atual R$


home
NOTÍCIAS PARÁ

Você conhece o Combu? Veja o que o novo point do turismo tem de especial

Apenas 10 minutos de barco separam o caos do centro de Belém da tranquilidade e exuberância da natureza que cerca a Ilha do Combu, também na capital. É do outro lado do Rio Guamá que a vida simples dos ribeirinhos, às margens de igarapés e furos, passou a

Apenas 10 minutos de barco separam o caos do centro de Belém da tranquilidade e exuberância da natureza que cerca a Ilha do Combu, também na capital. É do outro lado do Rio Guamá que a vida simples dos ribeirinhos, às margens de igarapés e furos, passou a ser observada e explorada por belenenses e turistas do mundo todo. Mesmo com a visão nítida dos prédios da cidade grande, passar um dia na ilha é um convite a se desligar dos problemas e presenciar o bucolismo da floresta amazônica.

Aos poucos, a população de cerca de 1.500 pessoas que vive na quarta maior ilha, das 39 catalogadas pela Companhia de Desenvolvimento de Belém, tem visto o seu espaço ser desbravado por visitantes atraídos pela tranquilidade. A dona de casa Diene Tavares, 23, vive com marido e filho no furo do Combu. Sua casa de madeira, com três cômodos, já foi cenário de muitas fotos. A pintura colorida, feita à mão, na fachada, chama a atenção de quem visita o local. “As pessoas param, fazem fotos. Acham bonito”, comenta Diene.

À primeira vista, a imagem lembra uma índia, mas o rosto estampado é da dona Leonice Gouveia, 78, nascida e criada no Combu. “Meu neto quis fazer a homenagem. Na pintura, tenho até coroa. Sou a rainha da família”, brinca a idosa. Para ela, ter seu rosto como ponto de referência é uma satisfação. “Amamos receber pessoas. Que venham mais”, convida.

Das pequenas embarcações, é possível contemplar a paisagem da floresta. (Foto: Fernando Araújo/Diário do Pará)

RIBEIRINHOS

Reza a lenda local que os bebês na ilha nascem com um pé no rio e outro no barco. Kalebe Reis, tem apenas 8 anos, porém sua desenvoltura para nadar nas águas barrentas é de gente grande. Do alto das pontes, ele se põe a dar saltos dignos de nadador profissional. “Nado desde os 2 anos e não tenho medo”, justifica, ao ser questionado sobre os riscos de afogamento.

Kalebe segue os passos da estudante Silvania da Silva, 18. Em uma corda amarrada no galho de uma árvore, com um pedaço de madeira na ponta, a jovem dá um show de trapézio. Com piruetas, ela se lança dentro do rio a qualquer hora. A liberdade, para ela, é a melhor referência de onde mora. “Nasci aqui, vou a Belém e volto, para estudar, todos os dias. Não deixo minha casa por nada”, garante Silvania, que sonha em fazer o curso universitário de gastronomia e usar os produtos locais em suas receitas. Mesmo próxima à capital, a criminalidade na ilha não é assustadora como na zona urbana. “Esquecemos até de fechar as portas. O medo fica apenas do outro lado do rio”, garante o barqueiro Edinaldo Trindade, 36, que vive há 20 anos no furo da Paciência, no Combu.

ILHA CONQUISTA PELOS SABORES

Os pratos feitos com produtos locais também encantam os visitantes da ilha do Combu.

O casal de turistas cearenses Marlene Martins e Francisco Canindé, ambos de 73 anos, tirou um dia para almoçar em um dos vários restaurantes do Combu. “Queremos filhote, provar os chocolates e experimentar o açaí com açúcar”, brincou o aposentado. “Essa região é linda. Uma floresta dentro da cidade, com coisas deliciosas”, atesta a advogada.

O prato mais pedido nos restaurantes é o tambaqui na brasa, acompanhado de farofa, vinagrete, arroz e feijão. Os preços variam de R$70 a R$130 e servem, em média, 3 pessoas.

Monica Souza, 26, é proprietária de um dos estabelecimentos e garante que, com R$150 reais, fora a travessia, um casal pode se divertir o dia todo. “No meu restaurante, dá para tomar uma cerveja, aproveitar o banho de rio e comer bem”, assegura. O local serve caldeiradas de vários peixes regionais e açaí, cuja porção, dependendo da safra, custa de R$ 5 até R$ 10.

REFERÊNCIA

Prazeres Quaresma, 49, é gerente de um dos restaurantes mais antigos da Ilha do Combu. Há 35 anos, o estabelecimento tem no cardápio galinha caipira, camarão, caranguejo, peixes, além do carro-chefe, caldeirada de filhote no tucupi. “As pessoas buscam comida boa e a tranquilidade”, destaca. As sobremesas e sucos são feitas com frutas cultivadas na propriedade.

CHOCOLATE

O chocolate fabricado artesanalmente, com sementes de cacau da ilha e até mesmo de caroço de cupuaçu, é outro atrativo culinário local. A propriedade de Izete Costa, conhecida como Dona Nena, é visitada o ano todo por turistas que buscam brigadeiro e barras com até 100% de cacau orgânico, produzidos por ela e sua família. Estes produtos variam de R$ 5 até R$ 18.

O local caiu no gosto de alguns famosos, como a atriz Maitê Proença. (Foto: Luiz Octávio Lucas)

PROGRAME SUA VISITA

Os barcos saem de um porto na Praça Princesa Isabel, na avenida Bernardo Sayão com a avenida Alcindo Cacela, no bairro da Condor.

Eles partem a partir das 9h, diariamente. A travessia dura em média de 10 a 15 minutos e custa de R$ 7 a R$10 por pessoa. No local, há lanchas e barcos a motor.

Para fazer um passeio de 1 hora no local para conhecer a região, são cobrados, geralmente, R$ 30 por pessoa. O valor pode ser negociado quando são mais de 4 passageiros.

A praça tem um estacionamento onde se cobra R$ 15 pela diária.

Os restaurantes abrem de terça-feira a domingo, das 10h às 18h. Alguns precisam de agendamento.

Cooperativa dos Barqueiros: 99102-3725

AONDE IR E O QUE USAR

Os restaurantes variam dos mais simples, com redários e chuveirões, até os de infraestrutura mais elevada, com piscinas, parques, espreguiçadeiras, trilhas, tirolesa, rapel, arco e flecha, cama elástica e hidromassagem à beira do rio.

Vá de roupas leves e tênis ou chinelo. Evite saltos. Leve roupa de banho, toalha, repelente e protetor solar.

(Roberta Paraense/Diário do Pará)

VEM SEGUIR OS CANAIS DO DOL!

Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.

Quer receber mais notícias como essa?

Cadastre seu email e comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Conteúdo Relacionado

0 Comentário(s)

plus

Mais em Notícias Pará

Leia mais notícias de Notícias Pará. Clique aqui!

Últimas Notícias