Recentemente o juiz da 14º vara do Distrito Federal, Waldemar Cláudio de Carvalho, concedeu uma liminar abrindo brechas para que psicólogos ofereçam a terapia de reversão sexual, conhecida em alguns meios como “cura gay”.
A decisão do juiz causou polêmica e controvérsia na sociedade brasileira, principalmente entre a comunidade LGBT, profissionais da psicologia e a Sociedade Brasileira de Psicologia. Até mesmo a classe artística se posicionou contra o posicionamento do juiz. Bruna Marquezine, Tatá Werneck e muitos outros postaram em suas redes sócias fotos e textos condenando a liminar e levantando a bandeira do “Amor é Cura”.
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Diversos profissionais da área da psicologia se posicionaram contra a decisão, pois segundo a psicologia moderna a homossexualidade não pode ser considerada doença ou mesmo distúrbio.
A psicóloga Sarah Lopes, do Hapvida Saúde, afirmar, que a homossexualidade não pode ser considerada uma doença ou distúrbio! “Levando em consideração que o que diferencia de um heterossexual é somente a prática. Não há nada em seu cortex cerebral que seja levado em consideração para diferenciar um heterossexual de um homossexual”.
Para muitos, a liberação de uma liminar como esta afeta a todos de forma humanitária, a fazer com que a homoafetividade seja vista como algo que está fora dos padrões, ou que seja algo ruim. A "cura" só existe para algo doente ou só há "reversão" para o que foi tentado e não deu certo. Trazer este estigma para os homossexuais faz deles uma parte da população adoecida, diferente dos demais. Assim, fomentando mais preconceito e discursos de ódio.
"Não existe nenhum tratamento de reversão que seja testado e aprovado por nenhum conselho de Psicologia, seja ele Federal ou regional. Além disso, é preciso deixar claro que os pais que procurarem por este serviço estarão se enganando, indo a profissionais que prometem o que não podem cumprir! O máximo que pode ocorrer é uma repressão de seus desejos, e os indivíduos que se submetem a este "tratamento" se tornarão infelizes. Não há reversão para a homoafetividade!”, afirma Sarah Lopes.
Neste momento de descobrimento, aceitação e incertezas, a família pode se posicionar quanto a esta liminar e a esta política de reversão da homossexualidade, expressando que o filho pode contar com o apoio da família.
(Com informações do Hapvida Saúde)
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