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Jatene ignora, outra vez, ajuda da Força Nacional

O ministro da Integração Nacional Helder Barbalho recebeu essa semana ofício de apoio do ministro da Justiça, Torquato Jardim, reconhecendo a importância da solicitação feita por Helder para que a Força Nacional de Segurança Pública fosse para o Pará e aj

O ministro da Integração Nacional Helder Barbalho recebeu essa semana ofício de apoio do ministro da Justiça, Torquato Jardim, reconhecendo a importância da solicitação feita por Helder para que a Força Nacional de Segurança Pública fosse para o Pará e ajudasse a contar a onda de violência no Estado. Torquato Jardim destacou a “situação emergencial” por que passa o Estado, mas, ao mesmo tempo, “verifica a impossibilidade de atendimento ao pleito”.

Isso porque, em nota técnica enviada ao ministro Torquato Jardim, o coordenador geral de operações da FNSP, Julio Cesar Dias Vieira, ressalta que, “embora a atuação da FNSP seja necessária à preservação da ordem pública e à incolumidade das pessoas no estado do Pará, seu emprego somente seria possível mediante solicitação expressa do governador do Estado do Pará”. Ou seja, de nada adiantou a atuação dos dois importantes ministérios em favor da Segurança Pública do Pará porque, mais uma vez, o governador Jatene ignora a situação de calamidade da segurança do Estado, ao se manter omisso em relação ao apoio federal.

Bastaria apenas uma manifestação favorável do governador para que a Força Nacional viesse ao Pará. O ministro Helder Barbalho alerta para os altos índices de homicídios no Pará e destaca a importância de garantir a segurança da população paraense.

SEM PRIORIDADE

O Estado do Pará é o 5º mais violento do país e Altamira é a cidade mais violenta de todo o território nacional, segundo o Atlas da Violência, estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado este mês. “O que mais precisa acontecer? Nossos índices são piores do que um país em guerra. Ficou claro que o Governo do Estado não tem estratégia, não tem prioridades e não vemos um plano de enfrentamento”, diz o ministro.

Helder diz que a discussão não pode ser levada para o lado da vaidade. “A questão é de sobrevivência da população”, reitera. Preocupado com a escalada da violência no Pará, Helder Barbalho procurou o ministro da Justiça, Torquato Jardim, e entregou, no dia 8 de junho, um ofício ao titular da pasta, ressaltando a necessidade e a urgência da Força Nacional de Segurança Pública em seu Estado, “haja visto os reiterados e frequentes eventos de violência que acometem a população paraense”.

Helder recebeu total apoio de Torquato Jardim. Mas, já naquele momento, o Governo paraense descartava a possibilidade de ajuda. Na época, a chacina do bairro Condor, em Belém, ocorrida no dia 6 de junho, com seis mortos e 14 feridos, era mais um capítulo do banho de sangue que vem se tornando rotina não só na capital paraense, como também em todo o Estado.

SECRETÁRIO NÃO CONSIDERA MOMENTO "OPORTUNO"

Em entrevista publicada no dia 9 de junho no DIÁRIO DO PARÁ, o secretário de Segurança Pública Jeannot Jansen afirmava que o Estado não ia aceitar a ajuda federal solicitada pelo ministro Helder, “por não achar o momento oportuno”. Em contrapartida, Jansen pediu “paciência” à população na investigação das mortes no Estado e acabou confirmando a ausência de ações efetivas de combate à criminalidade, atribuindo à crise econômica brasileira a falta de recursos para investimentos na Segurança do Pará.

Enquanto isso, a população convive com o medo e a insegurança, enquanto o governador Jatene é protegido 24 horas por policiais militares que o acompanham em eventos, escoltam toda a sua família e fazem plantão na porta da casa do governador, tudo pago com o dinheiro do contribuinte, o mesmo que financiou sua recente cirurgia em hospital de primeira linha em São Paulo. O Estado do Pará tem uma média de 13 mortes violentas por dia e, somente nos 20 primeiros dias de junho, foram 228 homicídios.

MAIS UM NEGADO

Não é a primeira vez que o governador Jatene dispensa o apoio da Força Nacional no Pará. No primeiro semestre de 2015, o ministro Helder Barbalho, acompanhado da bancada federal paraense, esteve no Ministério da Justiça pedindo o envio da Força ao Estado, no que foi prontamente atendido pelo então ministro José Eduardo Cardozo. No entanto, o secretário Jeannot Jansen dispensou a ajuda, informando, inclusive que “tudo estava sob controle no Pará” e não havia razão que justificasse a presença da Força Nacional.

(Érica Ribeiro/Diário do Pará)

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