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Barcarena: Vazamento de caulim atinge rios

Mais um vazamento de rejeitos de minério de caulim aconteceu neste sábado(29) em Barcarena. Os danos foram causados mais uma vez pela mineradora francesa Imerys Rio Capim Caulim, e atingiram a bacia hidrográfica do Rio das Cobras e os igarapés Cureperé, D

Mais um vazamento de rejeitos de minério de caulim aconteceu neste sábado(29) em Barcarena. Os danos foram causados mais uma vez pela mineradora francesa Imerys Rio Capim Caulim, e atingiram a bacia hidrográfica do Rio das Cobras e os igarapés Cureperé, Dendê e São João, além da praia de Vila do Conde.

A denúncia foi feita pela Diretoria do Centro Comunitário de Vila do Conde, por barraqueiros, pescadores e agricultores do local, que perceberam as águas amanhecerem manchadas e poluídas por caulim da empresa Imerys. Técnicos da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) fizeram uma avaliação neste sábado(29) da extensão dos danos causados.

Em nota, a empresa admitiu o vazamento, que preferiu chamar de “uma pequena quantidade de caulim em frente ao seu porto privado em Barcarena”. A Imerys Rio Capim Caulim informou ainda que atuou rapidamente na remoção dos rejeitos e após alguns minutos já não havia mais alterações.

Segue a nota da retratação da empresa:

"A Imerys informa que permanece normalizada a operação em seu Porto, após a ocorrência de sábado (29/10), quando uma quantidade entre 0,3 e 0,5 metro cúbico de caulim chegou à praia em frente ao local. A situação foi controlada imediatamente.

Infelizmente, a pequena quantidade de caulim alcançou a praia por meio de canaletas que transportam águas das chuvas. Desde domingo (30.10) a praia encontra-se com aspecto limpo. O caulim é um mineral argiloso não tóxico e inerte.

Ocorreu que uma tubulação parcialmente subterrânea, que transfere minério na forma de polpa entre áreas internas da empresa, teve uma fissura de 0,5 centímetro de largura por 5 centímetros de comprimento – o que foi prontamente detectado e controlado.

Por ser um minério argiloso facilmente capaz de se dissolver e espalhar, o caulim mudou temporariamente a coloração das águas no local. Desde a ocorrência, as autoridades ambientais fizeram duas visitas técnicas ao local e todos os esclarecimentos foram prestados".

Recorrente

Em menos de um ano a bacia dos igarapés e o rio Pará foram atingidos duas vezes por rejeitos de caulim. Em junho do ano passado houve uma fissura na parede da Bacia 3 da fábrica da Imerys. Cerca de 300 mil metros cúbicos de rejeitos de caulim contendo sulfato de alumínio, glutasaldeído, óxidos de ferro e de titâneo, poliacrilito, ácido sulfúrico, sulfato de alumínio e hidrosulfito de sódio. Esses produtos tornam o ph da água alto, portanto muito ácido e perigoso para a vida de qualquer espécie.

No ano passado, por causa do vazamento de caulim e o risco de rompimento da Bacia, 73 pessoas de 18 famílias que moram no bairro industrial precisaram ficar em um abrigo. Os moradores dos igarapés receberam água mineral porque não foi permitido banho e nem consumir a água dos igarapés para uso doméstico. No bairro Industrial os poços amazonas cavados pelos moradores foram contaminados e até hoje as famílias recebem água em caminhões-pipa. A fábrica da Imerys foi interditada e multada em R$2.653.515,92 pela Sema. Parte deste dinheiro deveria ser utilizado para melhorias e compra de equipamentos para o Hospital Municipal e a construção de um sistema de abastecimento de água para o bairro Industrial. Mas até agora nada foi feito.

(DOL)

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