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Comércio ilegal ocorre a céu aberto

Na saída do posto de recarga, a proposta é escancarada pelo cartaz que anuncia: “compra-se vale digital”. Antes mesmo que se consiga fechar a porta de vidro do pequeno posto do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belém (SetransBel)

Na saída do posto de recarga, a proposta é escancarada pelo cartaz que anuncia: “compra-se vale digital”. Antes mesmo que se consiga fechar a porta de vidro do pequeno posto do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belém (SetransBel) localizado na avenida José Malcher, a primeira abordagem é sofrida. “Bora vender o vale digital?! É de R$1,30. Paga na hora”, oferece a mulher em meio ao grande fluxo de pessoas que entram ou saem.

Instaladas estrategicamente na calçada em frente à entrada do posto onde muita gente comparece para consultar saldos ou recarregar o cartão digital, cada uma das banquinhas cobertas por guarda-sóis oferecem o comércio irregular sem qualquer receio. Há alguns metros, no mesmo quarteirão, mais placas são avistadas, uma, inclusive, na vitrine de uma loja de roupas. “Compra-se vale digital à vista. R$ 1,30”.
Sem que seja necessária muita cerimônia, a venda do serviço é negociada ali mesmo, em frente ao órgão responsável pela comercialização legal do vale. Ainda que a passagem de ônibus urbano em Belém custe R$2,40, no comércio irregular é possível vender cada passagem pelo preço de R$1,30. Na explicação de quem vende, se o vale-transporte tiver o crédito de 208 passagens (o equivalente a aproximadamente R$500), elas podem ser vendidas por R$ 270 no total. Para que o comércio se concretize, o usuário deixa o cartão digital com o comprador e retorna para buscá-lo, já sem os créditos, no prazo estipulado. "Com vinte dias vem buscar. O prazo depende de quanto for vender”.
Ainda que em maior quantidade no posto da avenida José Malcher, a prática se repete também em frente ao posto do Passe Fácil localizado na rua dos Mundurucus. Na casa em frente, do outro lado da rua, a já tradicional placa anuncia a compra de forma escancarada. Responsável por gerenciar o comércio do vale legalmente para as empresas, o SetransBel afirma que não cabe ao Sindicato fiscalizar a prática irregular. "Temos um convênio de gestão compartilhada com a Semob (Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém), mas temos apenas a prerrogativa de comercializar o vale-transporte para as empresas”, explica o presidente do SetranBel, Paulo Gomes. “Não temos o poder de coibir isso nas ruas, mas o SetransBel repudia esse tipo de comércio”.
Segundo Paulo, a prática já foi percebida e, por vezes, denunciada de alguma forma. Com relação ao que acontece dentro dos postos de recarga, onde por vezes é percebida a presença de pessoas consultando saldos de vários cartões ao mesmo tempo, ele não nega que pode se tratar da prática de pessoas que exercem o comércio de forma irregular. "Já identificamos isso também e já fizemos a abordagem para saber o porquê daquilo, mas muitos são gerentes de empresas que levam os cartões dos funcionários pra consultar o saldo ou recarregar”, afirma. "Pode ter quem faça isso para o comércio, mas a maioria é de gerentes de empresas que levam os cartões dos funcionários”.
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(Diário do Pará)
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