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LEVANTAMENTO

Consumo de alimentação nos lares tem crescido no Pará

Segundo associação, de janeiro a agosto deste ano, houve um aumento de 2,39% nas compras nos supermercados do Estado, impulsionado pela redução no preço de vários produtos, como óleo e feijão

Imagem ilustrativa da notícia Consumo de alimentação nos lares tem crescido no Pará camera Consumidores ainda veem com cautela a redução de preços dos produtos para o dia a dia | (Mauro Ângelo)

O consumo nos lares brasileiros acumulou alta de 2,58% de janeiro a agosto de 2023 na comparação ao mesmo período do ano passado, segundo balanço divulgado pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). No Pará de acordo com levantamento da Associação Paraense de Supermercados (Aspas) também houve crescimento no consumo das famílias nesse mesmo período, só que num percentual um pouco menor que o registrado nacionalmente: 2,39%.

O levantamento contempla todos os formatos e canais operados pelos supermercados e os indicadores são deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A expectativa da ASPAS no Estado é que, em termos alimentícios, essa curva de crescimento no consumo aumente até dezembro, em razão e fatores como o pagamento das parcelas do 13º salário, com projeção que pode chegar a 3% até dezembro.

Segundo a Abras, a estabilidade na renda e as quedas consecutivas no preço dos alimentos têm sido o fator fundamental para que o consumidor acrescente mais itens na cesta de abastecimento, buscar itens de valor agregado, a exemplo da carne bovina.

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O representante comercial Gustavo Silva diz que percebe que os preços dos alimentos começam a ter um declínio nas últimas semanas envolvendo os produtos da cesta básica, como carne, legumes e óleo. “Por outro lado, sinto que produtos regionais como açaí e farinha ainda estão caros face a essa nova realidade dos demais produtos. Com os R$ 300,00 que trago semanalmente para o supermercado sinto que estou levando mais produtos. E como trabalho em outros estados por conta da minha profissão sinto bem essa diferença”, assegura.

Miraci Dias
📷 Miraci Dias |(Mauro Ângelo)

A dona de casa Miraci Dias Ramos, faz compras semanalmente em supermercados variados para testar a diferença de preços de um estabelecimento para o outro e garante que sente a diferença de preço para menos em alguns alimentos nas últimas semanas. “Com certeza o feijão e o óleo baixaram de preço e isso é fácil de perceber. Tenho um limite de gastos de R$ 300,00 por semana e é perceptível que como essa mesma soma tenho levado mais produtos, principalmente os que compõem a cesta básica. Não é muito, mas já ajuda!”, diz.

Éverson Costa, supervisor técnico do Dieese-PA, destaca que praticamente todos os itens da cesta básica ficaram mais baratos de agosto para setembro, com destaque para o feijão, que caiu significativamente no Pará, com recuo de cerca de 15%. Outros itens que tiveram queda de preço foram a manteiga (-2,73%), o café (-2,13%), carne (-96%) e óleo (0,73%). Apenas dois produtos não apresentaram recuo de preço no mês passado: o arroz (1,02%) e a banana (2,63%).

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No acumulado do ano (janeiro a agosto) produtos que mais caíram de preço no Pará dentro da cesta básica foram o óleo de soja (-29,67%), feijão, (-19,13%), carne (-8,22%), açúcar (-3,44%) e café (2,90%). “Olhando esses percentuais vemos que óleo de soja teve uma redução de quase 30%, o feijão com mais de 19% e o açúcar com mais de 8% de redução. Só esses 3 itens já impactam fortemente na hora das compras de uma família”, coloca.

A trabalhadora rural Zilda Rodrigues dos Anjos diz sentir uma redução no preço de alguns produtos da cesta básica de algumas semanas para cá. “Realmente o preço de alguns produtos como o óleo e o feijão caíram de preço, mas ainda é muito pouca a margem de queda. Gasto R$ 500,00 por semana no supermercado e vejo que consigo levar mais itens, mas muito pouco ainda”, coloca.

CLIMA

Éverson explica que o país ainda surfa na produção recorde de grãos, com destaque para a soja e o milho, o que fez com que o preço de outros grãos como o café - assim como a carne e o açúcar - ficassem mais baratos. “Não apenas a produção dessas comodities foi maior como os custos de produção também ficaram menores. Esse ano estamos com uma inflação de 4% contra 11%, 12% do ano passado...”, ressalta.

Outro fator que vem contribuindo para esse quadro de queda é o preço equilibrado dos combustíveis – sobretudo o diesel -, que vem mantendo o custo dos fretes nos mesmos patamares há vários meses. A perspectiva aqui no Pará é que essa tendência de queda nos preços se mantenha em outubro pelos levantamentos já feitos pelo Dieese nos primeiros 10 dias de pesquisa deste mês.

“Só não podemos afirmar agora se essa tendência se manterá até o final do ano, pois ela depende de muitos fatores que entram na composição do preço dos alimentos. É bom ressaltar que a queda nos preços só não foi maior em razão da alta da tarifa de energia elétrica registrada na abertura deste semestre”, diz.

O supervisor também cita a grande variação climática que vem sendo registrada nos últimos meses nas regiões sul e sudeste que já originou grandes tragédias e que impactou as colheitas nessas duas regiões e que vai influenciar na composição dos preços nos próximos meses aqui na região Norte.

“Por essas razões é preciso adotar a cautela em razão esses eventos que podem gerar surpresas, já que ainda temos uma dependência grande de produtos que vêm de outros Estados, já que o que produzimos não é suficiente para nos abastecer. Precisamos estar atentos a esses cenários para atestar se se sustenta”.

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