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Amazônia: o que os jovens esperam do futuro?

O jornal Diário do Pará ouviu estudantes sobre o que eles querem para o país que estão recebendo hoje. Os avanços ambientais e econômicos estão na pauta do dia deles para o hoje e o amanhã

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Imagem ilustrativa da notícia Amazônia: o que os jovens esperam do futuro? camera Moisés Antônio, Laysse Sousa, Isabela Brandão e Edvaldo Silva Reis | Wagner Santana/Diário do Pará

As reflexões acerca do futuro em algum momento fazem parte também das ações desenvolvidas no presente. No caso dos jovens, então, o processo de formação para uma atuação profissional faz com que a realidade atual seja ainda mais permeada por planos e perspectivas futuras.

Na medida o que se busca refletir sobre o que se almeja não apenas para a própria vida, mas também para a de todos os que habitam o mesmo mundo, os anseios da juventude passam pela necessidade de um projeto de país que esteja mais conectado às necessidades dos jovens, que dê voz para as pessoas que estão comunidades dos diferentes territórios, que avance muito mais nas questões ambientais relacionadas ao uso sustentável dos recursos hídricos e, claro, pela maior oportunidade de acesso e permanência dos jovens a uma educação de qualidade. Uma visão diferente do que está por vir, a visão da juventude do futuro.

Edvaldo Silva Reis, 17 anos, estudante do curso de licenciatura em matemática.

“O futuro é objeto das minhas reflexões praticamente todo dia e, principalmente, o meu futuro como profissional. Mas o futuro do país não sai do meu campo de pensamento também. Eu espero para a minha carreira profissional um futuro que seja estável e que esteja conectado com as novas tendências do mundo. É por isso que eu espero uma boa capacitação como profissional. Para o futuro do país eu espero muita estabilidade política e também um projeto de país que esteja conectado às necessidades dos jovens, que seja conectado a esse mundo novo que está surgindo com as redes sociais e com todo esses objetos de informação e, como diz o Zygmunt Bauman (sociólogo e filósofo polonês), com essa modernidade líquida. Que nós estejamos conectados e cientes desse mundo que nós estamos vivendo para que as políticas públicas sejam formuladas com base nisso. Eu acredito que a gente ainda não está nesse caminho porque a política nacional ainda está sendo realizada sem um projeto de país claro, ou seja, não se tem uma direção clara para onde o país está indo, então, nós só vamos conseguir estar conectados com as necessidades desse novo mundo a partir do momento que nós tivermos um projeto de país bem estabelecido”.

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Laysse Sousa, 22 anos, estudante do curso de publicidade e propaganda.

Há um tempo atrás era uma coisa que me preocupava muito, pensar no meu futuro. Isso porque eu acho que poucas são as perspectivas que chegam para mim. Mas eu acho que entrar na UFPA (Universidade Federal do Pará) no ano passado – eu venho de uma outra graduação em outra universidade pública - me deu uma nova perspectiva do que eu quero para mim, uma visão mais ambiciosa dos planos que eu quero conquistar e do que eu quero para mim pela frente. Junto com isso, também veio a minha vontade que estava perdida de também fazer planos para o mundo. Hoje, por exemplo, eu faço parte da Enactus UFPA, que é um projeto de extensão nacional, mas que tem um polo aqui, e a gente lida muito com esses planos do futuro, mexe muito com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, então, são vários projetos e nesses projetos a gente lida com várias áreas que vão desde a área ambiental, social, econômica. Nós atuamos com o empreendedorismo social voltado para a comunidade e isso tem muito a ver com o que eu quero para o futuro do Brasil, por exemplo. A gente costuma ter uma visão muito liberal do que é o empreendedorismo, mas quando a gente faz esse recorte mais social, quando a gente traz ele para a comunidade, a gente percebe que ele é fundamental. Então, vamos falar sobre empreendedorismo social voltado para a comunidade, que gera emprego, que gera renda, que gera uma independência financeira para essas pessoas. Não tem como a gente falar de planos para o futuro e de avanço, sem a gente dar a voz para as pessoas que estão nas comunidades.

Moisés Antônio, 21 anos, estudante de oceanografia.

Eu penso demais sobre o futuro, principalmente quando eu estou estudando. O que eu espero do futuro é um mundo melhor, que seja melhor organizado em algo que pode ser envolvido com o meu curso, que envolve mais essa parte ambiental. Nós ainda temos que avançar muito nessas preocupações ambientais. Inclusive, bem aqui, no Rio Guamá, a gente ainda vê muito lixo, por exemplo. As ações antrópicas (ações realizadas pelo homem) acabam prejudicando demais todo esse sistema, então, é importante ter mais conscientização. Ainda mais aqui na nossa região amazônica, que é gigantesca, mas infelizmente ainda não é muito valorizada a área da pesquisa aqui, mas a gente está na luta. Temos grandes pesquisadores, grandes professores e alunos muito dedicados a essa área também.

Isabela Brandão, 23 anos, estudante de economia.

Eu espero que, principalmente, a desigualdade econômica no Brasil diminua, que os jovens de periferia tenham cada vez mais oportunidade de ser alguém, de estudar, principalmente. É muito difícil você estudar e trabalhar ao mesmo tempo. O meu sonho, por exemplo, era só estudar só estudar porque estudar e trabalhar ao mesmo tempo é muito complicado – eu saio de casa 5h30 e volto só 21h30 por causa dessa rotina de trabalho e estudo -, então, o meu desejo é que essas pessoas que são bons estudantes, bons pesquisadores, principalmente os que estão dentro das universidades consigam focar nos estudos, que o Brasil também invista mais em educação, em pesquisa, em ciência porque só assim ele vai conseguir passar de um país agrícola, que só exporta soja, carne e etc para um país que tem tecnologia.

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