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DOR NA LOMBAR

Estudo aponta os benefícios do Pilates

Os exercícios de Pilates auxiliam no tratamento da dor lombar crônica. Para quem já pratica a atividade ou trabalha com ela, os benefícios apontados pelo estudo são comprovados na prática dor lombar

Imagem ilustrativa da notícia Estudo aponta os benefícios do Pilates camera Depois de diagnosticada com quatro hérnias de disco, a empresária Jane Moraes, 58 anos, não imaginava que as dores que sentia melhorariam | FOTO: Wagner Santana

Principal causa de incapacitação de pessoas em todo o mundo, segundo aponta a Organização Mundial de Saúde (OMS), a dor lombar pode ser atenuada por uma prática cada vez mais comum entre quem busca uma atividade física.

Um estudo realizado com pacientes acompanhados pelo Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) demonstrou que o Pilates pode ser eficiente no tratamento da dor e sintomas depressivos e de ansiedade ligados à dor lombar crônica, mesmo sem a associação de outros recursos terapêuticos. Para quem já pratica a atividade, os benefícios apontados pelo estudo são comprovados na prática.

Aos 62 anos de idade, a aposentada Tereza Brasil colhe os frutos cultivados em quatro anos de prática do Pilates em estúdio. Desde que começou a prática, em busca de melhorias para a saúde, ela percebeu grande diferença não apenas na elasticidade, mas também no controle de doenças pré-existentes.

“Eu vim para a atividade física por uma questão de doenças, hipertensão e diabetes. Eu fui encaminhada pelo médico para fazer musculação, só que eu vi que só a musculação não satisfazia naquele momento e então fui para o Pilates e ele virou a minha paixão”, comenta, ao lembrar que sempre se preocupou em manter as duas atividades, a musculação e o Pilates.

Estudo aponta os benefícios do Pilates
📷 |FOTO: Wagner Santana

“A gente sente os benefícios da atividade e se apaixona. O Pilates melhorou a flexibilidade, o agachar, o alongar. Foi o que eu senti de imediato, além de outras melhorias. A hipertensão, por exemplo, não preciso mais tomar a medicação, mas eu tenho esse compromisso comigo mesma de estar na academia e no Pilates, sempre”.

Depois de diagnosticada com quatro hérnias de disco, a empresária Jane Moraes, 58 anos, não imaginava que as dores que sentia melhorariam tão significativamente depois que ela começou a praticar o Pilates. A melhoria foi tanta que hoje ela já sente falta quando fica um período maior sem praticar a atividade.

“Eu faço há um bom tempo, mas parei e estou retornando agora. Nesse período que eu fiquei parada, as dores voltaram, mas quando eu estou praticando, melhora 100% as dores. A gente trabalha a coluna, mas também a respiração, o equilíbrio, tudo em conjunto”.

Mestre em saúde pública, a profissional de educação física especialista em Pilates e Yoga, Janaína Melo, aponta que a grande maioria das pessoas que buscam a prática do Pilates o fazem em decorrência de algum problema na coluna. “Os que mais procuram a gente são as pessoas com problemas de coluna. Se fizermos uma pesquisa, 90% entram no Pilates por cervicalgia, lombalgia, dores pelo corpo como um todo e também pessoas com fibromialgia têm procurado bastante”.

Janaína explica que o Pilates é uma metodologia bastante antiga, criada pelo alemão Joseph Pilates, depois se tornando bastante conhecida no Brasil. Apesar de popularmente ser conhecido pelo nome de seu criador, na verdade o Pilates foi nomeado como Contrologia.

“Qualquer um pode fazer Pilates, mesmo pessoas que não tenham flexibilidade, pessoas que nunca fizeram atividade física, não tem problema porque é um exercício que vai ser adequado à especificidade de cada pessoa. Cada um tem a sua ficha de execução para praticar os seus exercícios”, explica. “Todo mundo tem a sua adaptação, que é muito individual, principalmente no estúdio”.

METODOLOGIA

A especialista explica que a metodologia pode ser aplicada tanto em solo, no Pilates Solo, quanto com o auxílio de equipamentos, o Pilates em estúdio. Apesar de ambos trabalharem o fortalecimento muscular, há diferenças entre os dois modelos.

“O estúdio é personalizado. A gente atende no máximo quatro alunos por horário, a gente corrige os movimentos mais próximo do aluno, então, geralmente, quem tem patologias, quem tem alguma especificidade, procura o Pilates em estúdio. O Pilates solo já são as aulas coletivas com 10 a 15 alunos no máximo. Não se deve colocar tanta gente no solo porque o professor tem que perpassar por todos os alunos corrigindo. A metodologia exige correção do professor, desde a respiração até a execução dos exercícios”, aponta.

“Há diferença entre os dois, que a gente sempre esclarece para cada aluno de acordo com o que é mais indicado para ele, mas seja qual for o Pilates, o benefício dele é integral. Ele trabalha o corpo como um todo e trabalha também a mente, porque ele também tem técnicas do Yoga”.

Considerando essa personalização do atendimento, Janaína aponta que pessoas de diferentes faixas etárias podem praticar a metodologia, desde crianças, até idosos, pessoas gestantes e com alguma patologia. Entre as pessoas que procuram o estúdio, a profissional de educação física relata que muitos apontam as melhorias que conseguem observar ao longo da prática.

“A maioria relata que começam a dormir bem, muitos relatam que sentiam muita dor e que essas dores diminuíram, além do bem-estar físico e mental. A gente consegue acompanhar essas melhorias porque quando eles entram no estúdio, tem um questionário que eles respondem e depois a gente faz esse retorno para ver como eles estão”.

Essa atividade é uma aliada da fisioterapia

A melhora da qualidade de vida proporcionada pelo Pilates, assim como pela prática de atividades físicas em geral, também é destacada pelo fisioterapeuta Thiago Santa Rosa. “O Pilates é uma metodologia de condicionamento físico e mental, e, como toda atividade física, gera qualidade de vida. Podemos citar alguns benefícios, como o controle corporal e respiratório, melhora da mobilidade e flexibilidade, ele estimula a concentração, melhora desempenho físico e a prevenção de lesões”.

O fisioterapeuta destaca, ainda, que sob a correta orientação, a metodologia pode, inclusive, ser uma importante aliada da fisioterapia. “O Pilates é, sim, um grande aliado da fisioterapia, tanto no tratamento como na prevenção. Tanto o fisioterapeuta, como o educador físico são habilitados a dar aulas de Pilates, desde que os mesmos tenham passado por uma formação completa. Inclusive, o trabalho em equipe pode beneficiar ainda mais o aluno ou paciente que pratica o Pilates”, considera.

“O Pilates é uma das atividades mais indicadas para meus pacientes após tomarem alta em meu consultório, em tratamentos da coluna vertebral e dor. Ao contrário do que muita gente acha, ele possui um ótimo custo benefício comparado a outras atividades. Geralmente as aulas são em grupos de 3 a 4 alunos, onde o profissional tem maior controle e consegue personalizar o exercício para cada aluno. Isso é ótimo, principalmente para pacientes que já apresentam certas limitações”.

Em casos de dores agudas, onde o paciente se encontra incapacitado e ou com limitações, o fisioterapeuta recomenda que a pessoa primeiro procure o fisioterapeuta especializado em dor, para depois iniciar o Pilates.

Estudo

O estudo realizado com 36 pacientes acompanhados pelo Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), e publicado na Revista Brasileira de Pesquisas Médicas e Biológicas, constatou que os exercícios de Pilates auxiliam no tratamento da dor lombar crônica na medida em que trabalham o fortalecimento e a estabilização de músculos profundos, além de músculos globais que, em conjunto, são essenciais para a proteção da coluna.

Fonte: Jornal da USP. Disponível em: Pesquisa reforça eficácia do Pilates no tratamento de dor lombar crônica – Jornal da USP

LEIA TAMBÉM: Quiropraxia: conheça a técnica que atua no alívio de dores

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