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TRÂNSITO

Dificuldade de estacionar vira problema recorrente em Belém 

Em horários comerciais, as vagas são praticamente inexistentes nas áreas consideradas de maior movimentação na cidade, que fechou 2022 com uma frota de mais de 500 mil veículos

Imagem ilustrativa da notícia Dificuldade de estacionar vira problema recorrente em Belém  camera Sem saída, alguns condutores param em locais proibidos e ficam sujeitos a multas e até acidentes | FOTO: IRENE ALMEIDA

Em todo o Pará, a frota de veículos foi calculada em 2.461.675 ano passado, segundo o Departamento de Trânsito do Estado do Pará (Detran). Somente em Belém, a frota de veículos era de 506.545. No dia a dia, é possível observar que a quantidade de vagas destinadas ao estacionamento de veículos em vias públicas não acompanha o volume da frota. Para os motoristas que circulam pela cidade, encontrar uma vaga disponível, sobretudo em horários de maior fluxo, é uma missão quase impossível.

Basta dar uma volta pelas principais ruas da cidade para notar a dificuldade enfrentada pelos condutores. Por outro lado, a falta de estacionamento gera muitos transtornos no trânsito, a exemplo do estacionamento irregular nos corredores de tráfego, com veículos nas faixas laterais, assim como as filas duplas.

Além do insuficiente número de vagas, a ausência de fiscalização por parte do órgão de trânsito do município é alvo de reclamações de condutores. Dentre as diversas queixas, os taxistas que atuam em um ponto de táxi na esquina das avenidas Visconde de Souza Franco com a Governador José Malcher, no bairro de Nazaré, foram surpreendidos durante esta semana com a retirada das placas que destinavam pelo menos quatro vagas de estacionamento no perímetro aos veículos dos trabalhadores.

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“Até aqui, nessa faixa amarela, são vagas do ponto de táxi. Cortaram as placas no domingo (19). Quando cheguei ontem (quarta-feira, 22) para trabalhar já estava sem as placas. Não sabemos quem arrancou. Estou aqui, em fila dupla, porque não tem onde estacionar. Já estacionavam aqui mesmo tendo as placas, porque não tem fiscalização no trânsito, e agora sem a placa não dá nem para discutir. Agora, estou esperando para fazer uma consulta e tenho certeza que vou deixar meu carro aqui e vou andando, porque lá não vai ter onde estacionar”, lamentou o taxista Pedro Costa, 66, que trabalha há mais de 20 anos naquele ponto.

FILA DUPLA

Com vagas para estacionamento de veículos somente em uma das laterais da pista, o estacionamento irregular e a parada em fila dupla são registros comuns na avenida Presidente Vargas, situada na área comercial da cidade. Toda semana, o motorista Ralison Amorim, 28, de um órgão municipal da cidade de Aurora do Pará, no nordeste paraense, viaja para Belém e sempre se depara com os mesmos problemas.

Sem conseguir estacionar na Presidente Vargas, ele ficou parado em fila dupla à espera da acompanhante de um paciente que faz tratamento de hemodiálise. “É meio difícil e perigoso por questão de assalto e até mesmo pelo risco de ser batido por outro veículo. Quando a gente chega não tem onde estacionar. Até mesmo na clínica, às vezes, não tem. A gente se obriga a ficar esperando em fila dupla por não ter outra alternativa. E não vemos fiscalização para organizar.”

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O mesmo problema ocorre, por exemplo, na avenida Nazaré, onde os veículos estacionam nas laterais e, também, em fila dupla, principalmente nos perímetros onde há escolas e órgãos públicos. Os estacionamentos privados são alternativas para os motoristas que não querem correr o risco de serem multados ou terem os veículos guinchados. Na rua General Gurjão, bairro da Campina, há vários estacionamentos particulares, justamente para atender a falta de vagas nas ruas.

Mesmo assim, segundo Pedro Malcher, 72, colaborador de um dos espaços, a procura não é muito grande. “Um mês é R$ 250, em horário comercial, enquanto que na rua eles (motoristas) dão R$ 10 por semana para o flanelinha. As pessoas acabam preferindo deixar na rua mesmo. Mas aqui o carro fica debaixo de uma coberta, mais seguro”, disse.

"É meio difícil e perigoso por questão de assalto e até mesmo pelo risco de ser batido por outro veículo. Quando a gente chega não tem onde estacionar. Até mesmo na clínica, às vezes, não tem. A gente se obriga a ficar esperando em fila dupla por não ter outra alternativa”. Ralison Amorim, motorista.

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