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INSISTÊNCIA

Mesmo após ação policial, golpistas voltam para Almirante

Horas depois de operação que retirou as barracas dos apoiadores de Jair Bolsonaro das margens da avenida Almirante Barroso, os manifestantes retornaram ao local e seguem com protesto pedindo golpe.

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Imagem ilustrativa da notícia Mesmo após ação policial, golpistas voltam para Almirante camera Manifestantes golpistas seguem nas margens da avenida Almirante Barroso, horas após ação policial | Reprodução

A novela da insatisfação dos eleitores de Jair Bolsonaro (PL), derrotado nas urnas para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), segue sem uma previsão para acabar. E o capitulo mais recente diz respeito à insistência dos bolsonaristas em protestar em frente ao 2º Batalhão de Infantaria de Selva, em Belém, com pedidos de intervenção militar e outras demandas antidemocráticas.

Horas depois da ação de agentes de segurança municipais e estaduais, que desocuparam, na tarde desta terça-feira (8), o "acampamento" que já tinha sido montado na calçada em frente ao 2º BIS, os bolsonaristas retornaram ao local no início da noite e lá permanecem desde então.

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Quem passa pelo trecho da avenida Almirante Barroso, no bairro do Souza, onde os manifestantes golpistas se concentram, notou pouca diferença no cenário que era visto dias atrás. Ainda há muitas pessoas balançando bandeiras, ostentando faixas, gritando palavras de ordem, promovendo buzinaços, baderna, barulho, incômodo, entre outras ações.

Um dia após a repercussão do vídeo onde bolsonaristas são flagrados intimidando estudantes da Escola Estadual Pedro Amazonas Pedroso, a Prefeitura de Belém anunciou que ajudaria na operação de retirada do acampamento com os golpistas do local, por meio de agentes da Superitendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob) e da Guarda Municipal, em uma ação organizada pelas forças de segurança estaduais.

Após a retirada, os manifestantes permaneceram espalhados pela região do 2º BIS, no entanto, a concentração de pessoas aumentou com o avançar das horas. Veja o vídeo:

HISTÓRICO

A manifestação golpista contra a democracia e a favor de Jair Bolsonaro (PL) iniciou um dia após o resultado do 2º turno das Eleições 2022. No começo, apenas algumas pessoas protestavam no local.

No entanto, na mesma noite e na data seguinte, a quantidade de bolsonaristas aumentou e eles chegaram a ocupar totalmente as faixas de rolamento da avenida Almirante Barroso, prejudicando o tráfego na via, considerada a principal porta de entrada para a capital paraense.

No mesmo dia, cumprindo determinações judiciais que ordenavam a liberação das vias ocupadas pelos golpistas, as forças de segurança do Pará reprimiram o movimento e propiciaram o retorno do tráfego normal.

Mas não demorou para que os bolsonaristas arrumassem outra maneira de permanecer no local. Nas calçadas, canteiro central e na pista exclusiva do BRT, os manifestantes continuaram com o protesto, atrapalhando o trânsito.

Durante o último final de semana, os bolsonaristas montaram um verdadeiro acampamento nas margens da avenida Almirante Barroso, em frente ao quartel, com direito a ligação elétrica, venda de alimentos e bebidas, estoque de produtos, barracas para dormir, entre outros itens.

Durante os quase 10 dias de manifestação, onde os apoiadores de Bolsonaro levantam teses de uma eventual fraude na apuração das urnas eletrônicas, sem comprovação alguma, episódios inusitados chamaram a atenção nas redes sociais, como um casamento no meio do ato golpista, protesto debaixo de chuva forte, a suposta volta à vida do ex-ditador Saddam Hussein, entre outras ocorrências.

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